Demanda insuficiente prejudica produção industrial do DF - Fibra

Demanda insuficiente prejudica produção industrial do DF - Fibra
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Assessoria de Imprensa da Fibra


A falta de demanda para as indústrias brasilienses tem feito com que os empresários registrem quedas expressivas na produção e nos postos de trabalho do setor. De acordo com a Sondagem Industrial, levantamento apurado em dezembro pela Federação das Indústrias do DF (Fibra), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra que a “Demanda Insuficiente” é o principal problema enfrentado pelo industriário local, sendo assinalado por 55,6% dos entrevistados. Aparecem em segundo e terceiro lugares a “Falta ou o alto custo da matéria-prima” (33,3%) e a elevada carga tributária (29,6%), como entraves para a retomada de crescimento do setor.

Segundo a pesquisa, o índice de evolução da produção alcançou 38,4 pontos em dezembro. Frente a igual período do ano anterior, houve recuo de 1,9 ponto percentual. Se comparada à média histórica, a produção industrial caiu 9,6 pontos. A metodologia da pesquisa considera valores de 0 a 100 pontos. O distanciamento da linha divisória dos 50 pontos sinaliza queda mais disseminada nos indicadores pesquisados.

O número de empregos na indústria, por exemplo, fechou dezembro em 34,3 pontos, retração de 3,9 pontos frente ao mês de novembro. O movimento indica que a queda dos empregos foi mais acentuada no período em análise – este foi o pior resultado do indicador desde o início da série em 2010.

Já o índice médio da Utilização da Capacidade Instalada (UCI), por sua vez, alcançou 62% em dezembro, aumento de 4 pontos percentuais na comparação com o mês anterior. Embora tenha sido registrado aumento na UCI no período, em relação a iguais meses de anos anteriores, o resultado para o mês de dezembro do UCI efetiva-usual ficou em 28,3 pontos – também o pior resultado da série para os meses de dezembro.

Os galpões industriais também estão esvaziando. O levantamento mostra que os estoques finais ficaram em 38,2 pontos, recuo de 6,9 pontos em relação ao mês de novembro.

Confiança abalada

Diante do cenário apresentado pela Sondagem Industrial o clima empresarial não podia ser de otimismo. O Índice de Confiança do Empresário Industrial do DF (Icei/DF), também apurado pela Fibra, em parceria com a CNI, fechou o mês de janeiro em 36,7 pontos, recuo de 0,1 ponto frente ao mês anterior. Em relação à média histórica dos últimos cinco anos (50,1 pontos), o índice registrou recuo de 13,4 pontos. O posicionamento do ICEI/DF bem abaixo da linha dos 50 pontos reflete a falta de confiança dos empresários no cenário de curto prazo.

O resultado do Icei em janeiro é puxado pelo indicador de Condições Atuais, que ficou em 25,1 pontos neste início de ano. Verifica-se a descrença do empresário diante da Economia Brasileira (17,4 pontos); da Economia do DF (19,2 pontos) e até quanto a própria empresa (28,5 pontos).

O Indicador de Expectativas também encontra-se abaixo dos 50 pontos, registrando, em janeiro, 42,5 pontos. Embora seus componentes tenham apresentado aumentos na comparação com dezembro, todos os índices permanecem distantes da linha divisória, o que demonstra falta de confiança em relação ao futuro.

Contudo, percebe-se que o sentimento de pessimismo é comum ao País como um todo. O Icei/DF situa-se praticamente no mesmo patamar das demais capitais da Federação (36,5 pontos), segundo dados da pesquisa nacional da CNI.

Para o presidente da Fibra, Jamal Bittar, “a falta de confiança do empresário somada à conjuntura de recessão econômica atual tem impacto imediato na intenção de investimento, fator determinante para a retomada de desenvolvimento do parque fabril local”. O presidente reitera que o DF tem disponível para 2016, mais de R$ 900 milhões de recursos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste. “Contudo, enfrentamos problemas. Temos dinheiro, mas não temos demandante. Isso ainda se agrava na medida em que o dinheiro tem alto custo”, comenta. Bittar se refere ao reajuste nas taxas de juros, indexadores dos contratos do FCO, aprovadas pelo Banco Central já no fim de 2015.

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