O setor da construção deve reduzir em 505 mil o número de postos de trabalho (-15,2%) em 2015, em consequência do agravamento da crise. A previsão anterior era de 475 mil demissões. A projeção foi apresentada nesta terça-feira (1/09) na Reunião de Conjuntura do Sinduscon-SP. De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), todos os segmentos da construção, da preparação do terreno às obras de acabamento, agora apresentam redução média de 9,19% no emprego do setor, no acumulado dos primeiros sete meses do ano. O índice de confiança sobre a situação atual, pesquisado junto aos empresários do setor em agosto, situou-se em 71 pontos, numa escala de 0 a 200 (pontuação abaixo de 100 denota pessimismo). Dos entrevistados, 62% informaram que sua carteira de contratos situava-se abaixo do normal para a época. Para a coordenadora de Projetos da Construção do Ibre/FGV, Ana Maria Castelo, há alguma chance de retomada dos investimentos para o segundo semestre de 2016, com reflexos somente a partir de 2017 para a construção. “Com menos inflação e os ativos baratos, é possível que o ânimo dos investidores retorne”, afirmou.