Mesa redonda reúne autoridades em debate sobre a integridade na construção civil

Mesa redonda reúne autoridades em debate sobre a integridade na construção civil
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Lucas Junqueira
Assessoria de Comunicação Social do Sinduscon-DF

O projeto Integridade Sinduscon-DF, durante o mês de setembro, trouxe transmissões ao vivo sobre a integridade no setor da construção civil. Na última quarta-feira (7), foi realizada uma mesa redonda, que reuniu autoridades para debaterem os assuntos trabalhados ao longo da ação.

Moderado pelo consultor Hermano Wrobel, o debate contou com a participação da vice-presidente do Sinduscon-DF, Helena Peres; da subcontroladora de Governança e Compliance da CGDF, Joyce Oliveira; do presidente da Asbraco, Afonso Assad; do presidente do Conselho de Ética do Sinduscon-DF, Marcelo Machado Guimarães; do secretário-Geral da Comissão de Combate à Corrupção da OAB-DF, Nauê Bernardo e do economista Alfredo Dezolt.

No primeiro momento, Helena Peres falou sobre o movimento de implementação de programas de integridade no setor. ''Considero que seja algo que veio para ficar e que será fundamental para amadurecer o mercado e as empresas familiares. Poderá ser uma limpa na construção civil. Para quem não seguir a dinâmica na seriedade, a tendência é não ficar'', concluiu.

Como apresentado durante o projeto, para o funcionamento deste tipo de programa, é necessário que toda a empresa se envolva, desde a alta direção até os operários. Marcelo Guimarães acredita que a relação entre funcionários e gestores é um processo em cascata e complexo. Segundo ele, a maior dificuldade é em relação aos canais de denúncias. ''É preciso entender que uma denúncia não é uma covardia. Isto se tornou um aculturamento distorcido que existe em nossa sociedade’’, completou

Em complemento, Nauê Bernardo citou que todas as empresas devem passar por três âmbitos para a reeducação cultural de seu corpo de trabalho: tempo, educação e treinamento. ''No treinamento, é onde conseguimos fazer com que as pessoas dentro de suas funções abracem os preceitos de ética e integridade e, assim, consigam fazer com que a implementação se torne efetiva e não apenas um programa de gaveta'', enfatizou.

Segundo Alfredo Dezolt, a implementação é muito fluida em empresas que possuem uma cultura de integridade sólida e reforçou a necessidade do trabalho do executivo. ''Na questão de implementar o programa no tempo correto, quem trava essa fluidez é a alta direção ou os próprios funcionários envolvidos com a mesma'', afirmou.

Em seguida, Afonso Assad reforçou sobre o trabalho de orientação feito pela Asbraco, em parceria com o Sinduscon-DF, para que empresários estabeleçam a cultura da integridade em suas empresas. ‘’O empresário se assusta, mas aos poucos procuramos explicar. Minha visão é de que a implementação é um investimento, porque a empresa vai criar uma nova cultura e uma nova segurança’’, concluiu.

Assad ainda complementou afirmando que o sistema é cultural e evolutivo. ‘’Temos que ir construindo. Todo mundo tem que participar, desde o pequeno, o médio e o grande empresário. Temos que trabalhar com toda a cadeia construtiva’’, completou.

Dentre outros assuntos debatidos estão: empresas que possuem a ISO 37001 implantada, efetivação do programa em empresas de diferentes portes, parcialidade e confiabilidade do processo de auditoria, diferença entre legislação e cultura.

Em um segundo momento, Joyce Oliveira discorreu sobre o trabalho realizado pela CGDF, além de enfatizar que a implementação é um sistema que deve sempre ser revisitado. Segundo ela, deve-se realizar uma atualização de riscos de integridade, das métricas, de como o programa está sendo executado e verificar se necessita de reforços e/ou modificações. Segundo a subseretária, o órgão tem orientado sobre a importância da cultura de integridade, fomentando o público externo e interno por meio de seu portal, redes sociais e eventos, como o Café com Governança.

Joyce ainda explicitou que a controladoria possui um setor que dará consultoria para secretarias se tornarem aptas a aplicarem o programa. Ela afirmou que, atualmente, são mais de oito com programa aplicado e mais quatro em processo de consultoria. Na oportunidade, anunciou que a CGDF está finalizando uma cartilha de governança e compliance, que será distribuída pelas secretarias do GDF. 

Assista ao vídeo da transmissão na íntegra: https://bit.ly/3nL5kY8

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