Agressividade ambiental e a durabilidade do concreto

Agressividade ambiental e a durabilidade do concreto
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Yasmin Almeida
Assessoria de Comunicação Social do Sinduscon-DF


Você acha que o desempenho do concreto é igual, independente da localidade da obra? Com o evento realizado ontem (19), no Sinduscon-DF, pôde-se constatar que não. A palestra: “Desempenho do Concreto e Classes de Agressividade segundo a NBR 15.575”, promovida pela Votorantim Cimentos, em parceria com o sindicato, mostrou que, se a construção for realizada em uma área industrial, marítima, submersa, rural ou urbana, por exemplo, o cuidado com o concreto deverá ser diferente em cada uma delas.

Ou seja, de acordo com o nível de agressividade do ambiente, que está relacionada às ações físicas e químicas que atuam sobre as estruturas de concreto, há riscos maiores ou menores de deterioração da estrutura. Alguns dos exemplos apresentados foram o ataque por sulfato e a corrosão das armaduras. Em função do alto grau de agressividade que o material sofre em situações como esta, sua vida útil é alterada.

A NBR 15.575 impõe para as estruturas de concreto uma vida útil de projeto, mínima, de 50 anos, desde que os seus usuários atendam às exigências do manual de utilização, inspeção e manutenção, ou seja, desde que tomem os cuidados necessários, levando em conta a agressividade ambiental, dentre outras coisas.

Quem abordou o assunto principal foi o professor doutor Oswaldo Cascudo, da Universidade Federal de Goiás (UFG). Os pontos discutidos foram: a vida útil do concreto; propriedades e estrutura do material; e aplicacões em construções internacionais. Ele ainda apontou algumas patologias, como deformidade estrutural e problemas de durabilidade. 

Segundo ele, é essencial levar em conta no projeto, e na formulação dos concretos, a agressividade ambiental. "Ao formular um concreto inadequado, ele pode ter um mal desempenho no projeto e gerar, futuramente, patologias na estrutura", ressaltou o professor.

Já a gerente técnica da Votorantim Cimentos, Luana Scheifer, expôs o tema: “Soluções inteligentes da Engemix Brasil”. A palestrante abordou as dosagens e aplicações de concretos estruturais, de acordo com as classes de consistência da NBR 8.953:2015.

O vice-presidente do sindicato José Amaro Neto, que representou a Diretoria de Materiais, Tecnologia e Produtividade (Dimat/Sinduscon-DF), reforçou que  "o assunto é essencial para melhorar, cada vez mais, os processos tecnológicos, em decorrência da NBR 15.175, que  veio pra melhorar todo o sistema construtivo".

A palestra contou com cerca de 150 pessoas, dentre engenheiros; construtores; projetistas de Engenharia e Arquitetura; fornecedores de materiais, produtos e equipamentos; além de empresários do setor e representantes da Votorantim Cimentos. Ao final, os participantes puderam tirar suas dúvidas com os profissionais e debater o tema.

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