Assessoria de Comunicação Social do Sinduscon-DF
O Sinduscon-DF, em parceria com o Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF/Codeplan), lançou nesta sexta-feira (14), a 4ª edição do Boletim Econômico da Construção Civil. O boletim traz os principais dados da construção civil do DF, como características da atividade econômica, índices de variação de preço, evolução nas contratações, entre outros.
O boletim do mês destaca que, em maio, os índices de preços do Brasil mantiveram sua trajetória de desaceleração, estando no terceiro mês consecutivo de queda. Em junho, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulou, em 12 meses, uma taxa de 3,94%, valor 7,80% inferior ao observado no mesmo período do ano passado.
Entretanto, a variação acumulada do Custo Unitário Básico (CUB) em 12 meses foi de 8,30%, valor superior ao observado pelo INCC (5,40%) e pelo IPCA nacional (3,94%). “Esse comportamento reflete o aumento dos custos de materiais e de mão de obra”, explica a economista do Sinduscon-DF, Gabriela Martins.
Gabriela destaca que os insumos da construção, em especial tintas e mão de obra, permanecem acima dos índices gerais de preços, influenciados pela alta taxa de juros e por comportamentos específicos do mercado.
O IPCA de reparos também permanece acima do índice geral de preços. “Era esperado que a demanda por materiais de construção fosse retraída durante a pandemia, o que não ocorreu. Os estoques destes bens ficaram abaixo do ideal, encarecendo os produtos vendidos. Os impactos sofridos durante a pandemia reverberam negativamente nos preços da cesta de reparos atual”, complementa Gabriela Martins.
Em relação ao valor adicionado da construção (PIB), em 2020, apresentava um valor estimado em R$ 6,12 bilhões no Distrito Federal, o que equivale a um recuo de 1,9% em termos reais na comparação com 2019. Apesar desse resultado, Gabriela destaca que o setor passou a ser responsável por 2,5% da economia brasiliense e 55,9% do setor industrial, contra 2,0% e 51,8% registrados, respectivamente, no ano anterior. “As obras de infraestrutura foram responsáveis por atenuar o nível de queda da atividade”, ressalta a economista.
O boletim ainda aponta que o mês de maio fechou com o saldo positivo para novos postos de trabalho formais na construção civil do DF, com 127 novas contratações.
Esses e outros dados podem ser acessados na íntegra no site do Sinduscon-DF.