População discute os centros urbanos do Distrito Federal

Encontro virtual reuniu mais de 100 participantes para discutir os centros urbanos (Foto: Reprodução/Seduh)
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Leandro Cipriano
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh)

As formas de qualificar as centralidades do Distrito Federal com a oferta de mais empregos, moradias, transporte público e lazer foram debatidas na quarta reunião da série “Encontros para Pensar o Território”, promovida pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh).

O evento virtual ocorreu na noite dessa quarta-feira (7) e contou com a participação de 103 representantes da sociedade civil e técnicos do GDF. Eles discutiram sobre a falta de articulação entre as centralidades já existentes nos diversos núcleos urbanos do DF, que impacta na organização do território e na infraestrutura.

Para dinamizar esses núcleos urbanos e trazer mais autonomia às regiões administrativas do DF, os participantes apontaram diversas medidas. Entre elas, a construção de moradias de interesses sociais mais próximas do Plano Piloto e garantir maior oferta de empregos e mais acesso a equipamentos públicos nas regiões, como escolas, hospitais, espaços culturais e transporte.

Na avaliação da secretária executiva da Seduh, Giselle Moll, é necessário impulsionar as atividades de outras centralidades do Distrito Federal que também estimulam o desenvolvimento econômico do território, a exemplo de Taguatinga e Ceilândia. Dessa forma, a centralização de atividades e empregos do DF não ficará apenas no Plano Piloto.

“Além da geração de emprego e renda, a criação de novos parques culturais e novas atividades econômicas também é importante, para que possamos trazer mais autonomia às nossas cidades”, destacou Giselle Moll.

Tema

O encontro teve como tema “A importância do planejamento, desenvolvimento e integração dos centros urbanos”. O assunto foi o mais votado pela população em uma enquete disponibilizada pela Seduh para o eixo temático “Desenvolvimento Econômico Sustentável e Centralidades”.

Esse é um dos oito eixos abordados na revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial (Pdot), instrumento essencial para a política territorial do Distrito Federal, mas que precisa ser atualizado.

“O fato é que, passados mais de 10 anos desde a última aprovação do Pdot, em 2009, existem muitas definições que precisam ser atualizadas. É justamente esse o objetivo da revisão, que será feita por meio de uma construção coletiva, com debates e reuniões ao longo de todo o ano de 2021”, afirmou o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Mateus Oliveira.

Apesar das dificuldades impostas pela pandemia à população, o secretário destacou a importância de promover os encontros virtuais para avançar nas políticas públicas e atender as necessidades do território. “Tudo para que possamos ter uma cidade mais justa, mais ordenada, mais sustentável, mais inclusiva. Esse é o objetivo da priorização da revisão do Pdot”, ressaltou.

Dinâmica

Na dinâmica da reunião, foi proposto aos participantes um exercício coletivo, com a finalidade de refletir sobre as centralidades do Distrito Federal. Foi apresentado pela plataforma virtual Seduh Meeting um mapa colaborativo do DF, acessado pelo Google Maps, onde as pessoas identificaram no território três diferentes tipos de centros: metropolitano, regional e local.

O centro local tem uma abrangência menor, com menos intensidade de fluxo e voltado às necessidades do dia a dia. O centro regional tem maior intensidade de fluxos e atende a região administrativa onde se localiza e também outras regiões próximas. Já o centro metropolitano possui uma grande concentração de atividades e serviços, com grandes fluxos vindos de todas as regiões do Distrito Federal e também do Entorno.

Logo depois, uma enquete on-line foi aberta para qualificar os centros urbanos, apontando as suas características. Foram abordados aspectos como acessibilidade por transporte público e para pedestres e ciclistas, além da diversidade de usos nas centralidades, com maior abrangência de residências. A maior parte dos participantes concluiu que os centros do DF não têm todos os atributos que consideram necessários.

“Vemos muitos empreendimentos habitacionais surgindo por toda a cidade. Porém, faltam equipamentos públicos para dar apoio a essas novas comunidades. Poder morar, trabalhar, estudar e se divertir em uma mesma região”, comentou Juliana Lucas, presidente da Comissão de Direito Urbanístico e Regularização Fundiária da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF).

No enceramento das atividades, foi disponibilizado um mapa interativo para indicação dos centros urbanos do Distrito Federal utilizados por toda a população. Ele ficará acessível, pelos próximos 30 dias, neste link e no portal da revisão do Plano Diretor de Ordenamento Territorial.

As contribuições feitas pela população foram recebidas pela equipe da Subsecretaria de Políticas e Planejamento Urbano da Seduh, responsável pela organização do evento, e serão avaliadas e incorporadas à revisão do Pdot.

Próximo encontro

O próximo encontro está agendado para o dia 14 de abril, quando será abordado o tema: “a pressão da ocupação urbana em Áreas Ambientalmente Protegidas e Áreas de Proteção de Manancial”. O assunto está dentro do eixo temático “Meio ambiente e infraestrutura”.

As reuniões serão sempre virtuais, às 18h30, e abertas a toda a população, com um link de acesso disponibilizado dias antes no portal do Pdot. Os encontros estão sendo realizados semanalmente.

Confira a programação completa, com as datas de cada encontro.

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