PIB da Construção confirma projeção da CBIC e tem queda de 0,5% em 2023, diz IBGE

Indicador de PIB | Imagem: Reprodução/Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
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Economista aponta novas condições do Minha Casa, Minha Vida entre os possíveis motivos para o resultado

Agência CBIC

O Produto Interno Bruto (PIB) da construção registrou queda de 0,5% em 2023. Os dados, divulgados nesta sexta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), confirmaram a projeção da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). A economia brasileira terminou o ano de 2023 com crescimento de 2,9%, de acordo com o IBGE. O aumento foi puxado pela alta de 15,1% na agropecuária.

De acordo com a economista da entidade, Ieda Vasconcelos, os juros elevados, o fim do ciclo de pequenas obras e reformas iniciado durante a pandemia da Covid-19 e o atraso na divulgação das novas condições do Programa Minha Casa, Minha Vida, que aconteceu em julho de 2023, ajudaram a justificar o resultado.

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Segundo Ieda, a pesquisa Sondagem da Construção, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com o apoio da CBIC, mostrou que os juros altos ocuparam o topo do ranking dos principais problemas do setor em 2023. “A construção pagou a conta das taxas de juros em alto patamar”, resumiu a especialista.

De acordo com o IBGE, somente dois setores registraram queda de atividades em 2023, a indústria da transformação, que caiu 1,3%, e a construção, com o recuou de 0,5%. No 4º trimestre a construção cresceu 4,2% em relação ao trimestre anterior. Entretanto, o 3º trimestre registrou recuo acentuado de 3,7%, explicou Ieda.

“Os juros começaram a baixar no início do 3º trimestre e foi quando também tivemos o anúncio das novas medidas do MCMV. Além disso, 2024 é um ano eleitoral e o período que antecede as eleições as obras de infraestrutura ganham mais força”, completou.

Para 2024, a CBIC projeta o retorno do crescimento do setor. “Com a continuidade da redução da taxa de juros, as obras de infraestrutura e o maior dinamismo do mercado imobiliário o setor deve crescer 1,3%”, apontou Ieda.

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