Sandra Bezerra
Assessoria de Comunicação do Sinducon-DF, Ademi DF e Asbraco
Enfrentar os desafios do crescimento desordenado no Distrito Federal, com planejamento tanto para habitação de mercado quanto para a baixa renda, e gerar 100 mil empregos em infraestrutura, são alguns dos desafios que o candidato ao Governo do Distrito Federal (GDF) Paulo Octávio (PSD/DF) pretende enfrentar com planejamento ordenado nos próximos quatro anos, caso seja eleito governador nas eleições de 2022.
“Tenho propostas de cidades ordenadas”, afirmou, durante o Encontro com Candidatos ao Governo do Distrito Federal: Compromisso com a construção civil – Eleições 2022, promovido em conjunto pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF); a Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (ADEMI DF); e a Associação dos Construtores nesta terça-feira (13/09), em Brasília, com transmissão ao vivo pelos canais oficiais do Sinduscon-DF e da Ademi DF no YouTube.
A ideia, segundo ele, uma e eventual gestão sua fará aprovar o Setor do Jóquei Clube e a Cidade do Exército, na extensão da Estação Rodoferroviária. “O que estamos vivendo hoje é um crescimento desordenado”, salientou, ao abordar o tema Política Habitacional de Interesse Social do Distrito Federal.
Mediado pelo consultor político Marcelo Moraes, o evento ouviu as propostas de quatro dos seis candidatos mais bem colocados nas pesquisas de opinião. Por motivo de agenda, as candidatas Keka Bagno e Leila declinaram do convite. Atendendo a ordem fixada por sorteio, Paulo Octávio foi o segundo candidato a se pronunciar. Na abertura, os presidentes das entidades reforçaram que a pandemia da Covid-19 mostrou a importância da construção civil, que manteve e gerou novos empregos formais durante a crise sanitária. A indústria contribuiu com 3,9% do PIB do DF e a construção civil é o seu maior componente, com 52%, o que equivale a R$ 4,9 bilhões. “Quando a construção civil vai bem, a economia também vai bem, mas o contrário também acontece”, salientaram.
Ocupação ilegal no DF
Questionado pelo presidente da Ademi DF, Eduardo Aroeira Almeida, Paulo Octávio disse que é imprescindível adotar medidas para evitar a ocupação ilegal no Distrito Federal. “O governo vai ter que fazer um esforço enorme para atender as famílias mais carentes, porque senão áreas nobres e com proteção ambiental serão ocupadas. É preciso achar uma solução”, mencionou, completando que “não dá mais para deixar a cidade crescer desordenadamente. O BRB tem que estar mais atento às questões sociais, tem que investir mais na baixa renda”.
Se eleito, Paulo Octávio afirmou ao presidente da Asbraco, Afonso Assad, que pretende gerar 100 mil novos empregos com projetos de infraestrutura em Brasília, no período de 2023 a 2026, nas áreas de educação, saúde, de segurança e viária. “Acredito na infraestrutura como a grande alavancadora de geração de emprego e renda para a cidade. Infraestrutura é qualidade de vida. Darei todo o apoio para investimento maciço em infraestrutura”, frisou.
Como obras, destacou a necessidade da construção de um anel rodoviário; de dois novos hospitais – em São Sebastião e Recanto das Emas; de policlínicas que possam atender a população nas cidades, de estradas marginais e ampliação do metrô.
Meio Ambiente
Em resposta à pergunta do presidente do Sinduscon-DF, Dionyzio Klavdianos, o candidato disse que a questão ambiental é fundamental. O grande desafio do setor da construção é avançar em tecnologia. “Precisamos proteger as nascentes, por isso o crescimento ordenado é importante”, comentou. O candidato que, se eleito, seu governo fará o mapeamento das erosões e do escoamento de terras. “Toda cidade que nasce bem, com planejamento, não cria problema para o meio ambiente”.
Sobre Licenciamento Ambiental, no que diz respeito ao Instituto Brasília Ambiental (Ibram), Paulo Octávio defendeu um governo dinâmico e proativo para ajudar o setor produtivo. Já sobre o projeto “Águas do DF”, para drenagem das águas pluviais do Distrito Federal, defendeu o trabalho preventivo.
Para acelerar a oferta de imóveis, afirmou que o governo precisa ser mais ágil. “É preciso ter coragem”. Paulo Octávio reforçou que, de 1990 a 1994, houve planejamento e coragem para enfrentar os obstáculos. “Todos os governos erraram. Se existe um governo que acertou na política habitacional foi o Roriz [Joaquim Roriz], porque fez um planejamento e fez cidades novas – Recanto das Emas, Riacho Fundo, Santa Maria”, disse.
Perdeu a sabatina? Ainda é possível assisti-la nos canais oficiais do Sinduscon-DF da Ademi DF no YouTube.