Agência CBIC
A construção civil gerou 35.156 novos postos de trabalho com carteira assinada no Brasil em agosto de 2022, diferença entre 211.068 admissões e 175.912 demissões. No mês de referência, o setor respondeu por 6,02% (2,559 milhões) do total de trabalhadores formais (42,532 milhões) no País.
Os destaques continuam sendo observados nos segmentos de Construção de Edifícios, que no oitavo mês do ano foi responsável por 35,62% das novas vagas criadas pelo setor (12.524) e Serviços Especializados para a Construção, que respondeu por 37,89% das novas ocupações na Construção (13.320). Obras de infraestrutura também registrou saldo positivo (9.312 novas vagas).
De janeiro a agosto deste ano, a Construção Civil contabiliza a criação de 251.445 novas vagas com carteira assinada. Considerando as séries do Caged e do Novo Caged, esse número é o maior para o período desde 2012 (256.343).
Além disso, o setor foi responsável por 13,57% (251 mil) das novas vagas criadas nos primeiros oito meses do ano. Considerando os grandes setores de atividades, o número de trabalhadores na Construção foi o que mais cresceu em 2022: 10,89%. Na Agropecuária a alta foi de 6,57%, no Comércio 1,51%, na Indústria 4,03% e nos Serviços 5,36%. “Enquanto em dezembro de 2021 o setor possuía 2,308 milhões de trabalhadores com carteira assinada, em agosto de 2022 passou a ter 2,559 milhões, o maior patamar desde outubro de 2015, quando foi 2,591 milhões”, menciona a economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos.
Segundo Vasconcelos, os bons resultados no mercado de trabalho na construção em agosto de 2022 já eram aguardados. A Sondagem da Indústria da Construção, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com o apoio da CBIC revelaram que a Construção vem registrando resultados positivos consecutivos. O nível de atividade registrou expansão em junho, em julho e em agosto, o que têm refletido, inclusive, no indicador de confiança do segmento, que está em alta há seis meses consecutivos. A Utilização da Capacidade Operacional da Construção, em agosto, alcançou 68%, o que é o nível mais elevado para o mês desde 2013. Os bons resultados do setor ainda fazem parte do ciclo positivo de negócios em andamento e que foi iniciado no 3º trimestre de 2020, com destaque para as atividades do mercado imobiliário.
“Os bons números apresentados até aqui pela Construção vão provocar uma nova revisão na estimativa do seu crescimento em 2022. Em outubro, a CBIC deverá revisar a sua projeção de alta para o PIB do setor, que deverá continuar crescer bem mais do que a economia nacional pelo segundo ano consecutivo”, salienta.