Mobilidade Urbana foi debatida em reunião de diretoria do Sinduscon-DF

Carolina Araújo
Assessoria de Comunicação Social do Sinduscon-DF

O Sinduscon-DF recebeu o secretário de transporte e mobilidade do DF, Valter Casimiro Silveira; o secretário de obras e infraestrutura do DF, Luciano Carvalho; e o diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem do DF (DER/DF), Fauzi Nacfur Junior, em reunião de diretoria desta terça-feira (10). “Mobilidade urbana sob a luz dos projetos viários em implementação ou a implementar pelo GDF” foi o tema de debate.

O presidente do Sinduscon-DF, Dionyzio Klavdianos, falou que mesmo com as dificuldades, as obras têm sido realizadas no DF e que os diálogos são constantes entre o governo e o sindicato. “O Luciano e o Fauzi estão sempre com os gabinetes abertos para a entidade. Brasília é uma cidade de 60 anos que precisa muito da construção civil”, ressaltou.

O primeiro convidado a falar foi o secretário Valter Casimiro que iniciou lembrando que grande parte das parcerias público-privadas (PPPS), que iniciaram em 2019, ainda estão em discussão com o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF). “A PPP do metrô é muito importante para a mobilidade do DF. Hoje, funciona com 23 trens e a gente vê todos os dias na televisão que o metrô deu problema. O projeto prevê quase dobrar essa capacidade, passar para 40 trens e diminuir o tempo de intervalo entre um e outro”, comentou.

Ele também acrescentou que já foram implantados, de 2019 até hoje, 520 abrigos de ônibus, e que ainda há muito a executar. “A ideia é colocar aproximadamente mais 380 para poder ampliar o atendimento no plano piloto”, acrescentou. E falou também que foi criado o projeto “Adote um Abrigo” para quem queira colocar a marca da empresa num abrigo de ônibus.

Com a palavra, o diretor do DER agradeceu o convite e disse a importância da troca de informações. “A gente trabalha em conjunto. Contratos são partes e ninguém faz sozinho, e aqui somos as partes”, lembrou. Ele ressaltou que o DER hoje é bem diferente de 40 anos atrás, que cuidava apenas das rodovias e hoje está dentro da cidade em parceria com a Novacap e Secretaria de Obras.

Fauzi disse que já está em fase de licitação as obras de complexos de viadutos e alças na região do Jardim Botânico. “É uma obra muito importante, a gente sabe que Brasília tem crescido muito para aquele lado e fica tudo estrangulado porque justamente a saída é para o lago sul, ou na descida da Esaf ou na ponte JK”, descreveu.

Luciano Carvalho disse que a secretaria de obras tem feito um trabalho de resgatar projetos que já existiam, mas não estavam desenvolvidos. “A gente tem feito esse trabalho de desenvolver os projetos, colocar em execução dentro deste governo e deixar um legado para o próximo”, discorreu.

O secretário de obras pontuou que o governo tem pedido para fazer uma requalificação urbana no Taguacenter, que encontra-se deteriorado, continuar no Setor Comercial Sul, e, também, há o projeto de requalificar a avenida central do Núcleo Bandeirante. “O foco do governador é requalificar as áreas urbanas, principalmente as comerciais”, assinalou.

O debate foi aberto a perguntas. Presente no evento, o presidente do Codese-DF, Leonardo Ávila, questionou ao secretário de mobilidade sobre o anel viário no DF e a integração das ferrovias que, na visão da entidade, definirão ou não um melhor crescimento econômico e desenvolvimento do Distrito Federal e, eventualmente, um maior crescimento do entorno. O conselho ainda defende que o anel viário seja o mais dentro do DF possível.

Valter respondeu que foi feita uma vistoria com a Agência Nacional de Transportes terrestres (ANTT) e com a Empresa de Planejamento e Logística do Governo Federal (EPL) sobre uma possível inclusão do anel viário na concessão da BR 040 e 060, cujas concessões estão sendo devolvidas. “A EPL está fazendo um redesenho dessa nova concessão. Eles propõem a inclusão de um único lote com a entrada em Brasília da 040 e da 060. Fazendo a interligação das duas rodovias, para poder ter tudo dentro da mesma concessão, se possível também com a 070, e propusemos também com a 020. Faria, não um anel ainda, mas um arco”, especificou. O secretário enfatizou que a proposta do anel retiraria o fluxo de veículos pesados do centro e aliviaria a Epia.

O secretário de mobilidade ressaltou que, em relação às ferrovias, o Ministério da Infraestrutura negocia junto a ANTT e a concessionária da ferrovia que passa por dentro do DF, uma protelação de prazos para ampliação da prorrogação da concessão com alguns investimentos.

O encontro também contou com a presença do presidente da Asbraco, Afonso Assad, do presidente do Confea, João Carlos Pimenta; da ex-vice-governadora do Distrito Federal, Ivelise Longhi e dos vice-presidentes, diretores e associados da casa.