Agência CBIC
A Pesquisa Focus do Banco Central reduziu, pela 17ª semana consecutiva, as estimativas para a inflação oficial brasileira em 2022. Realizada semanalmente por analistas do mercado financeiro, a expectativa incluída no relatório do dia 21 de outubro é de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerre 2022 em 5,60%.
“Há três meses consecutivo o indicador vem registrando deflação: julho (-0,68%), agosto (-0,36%) e setembro (-0,29%). A redução do preço dos combustíveis contribuiu especialmente para esses resultados”, destaca a economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos. O IPCA acumulou de janeiro a setembro/22, alta de 4,09% e nos últimos 12 meses 7,17%.
Estimativas para o crescimento da economia nacional continuam mais positivas
O levantamento do Banco Central espera que o Produto Interno Bruto (PIB) encerre 2022 com elevação de 2,76%. Caso confirmado, será o segundo maior crescimento da economia brasileira desde 2013 (3,0%). Em 2021 a alta foi de 4,6%.
Para 2023 as expectativas também continuam melhorando. Pela segunda semana consecutiva a pesquisa do Banco Central espera menor incremento da inflação e pela quarta semana consecutiva projeta maior alta do PIB. Assim, conforme o levantamento do dia 21 de outubro, o IPCA encerrará o próximo ano em 4,94%. Há quatro semanas esse número era de 5,0%. Para o PIB a projeção é de alta de 0,63% enquanto, há um mês, esperava-se 0,50%.
Para a taxa Selic, o mercado financeiro não projeta mais alteração em 2022, ou seja, espera-se que ela encerre o ano em 13,75%. Entretanto aguarda-se queda em 2023, finalizando o ano no patamar de 11,25%. Vale lembrar que diversas consultorias e analistas projetam o início do ciclo de redução da Selic para julho ou agosto de 2023.
“Os resultados do levantamento do Banco Central podem sinalizar que o mercado aguarda que as incertezas vivenciadas no atual cenário econômico podem ser dissipadas de uma forma mais rápida logo após o fim do processo eleitoral”, frisou Vasconcelos.
A matéria tem interface com o projeto “Banco de Dados da Construção – BDC”, em correalização do Serviço Social da Indústria (Sesi Nacional) e com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).