Comunicação Sinduscon-DF
O mercado imobiliário do Distrito Federal segue respondendo de forma positiva à conjuntura econômica do país, que ainda apresenta um cenário de juros altos e incertezas fiscais. É o que aponta a pesquisa Índice de Velocidade de Vendas (IVV) de junho, que revela um indicador de 10,4%, e registrou a venda de 528 unidades novas e o lançamento de outras 456. Ao longo do mês, a oferta de imóveis novos aumentou no comparativo a maio, chegando ao acumulado de 5.061 unidades. Foram lançados quatro empreendimentos: dois em Águas Claras, um no Sudoeste e um no Park Sul.
Para Celestino Fracon Júnior, presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (ADEMI DF), o indicador é considerado extremamente saudável para o setor e reflete a maturidade do mercado imobiliário do DF. “Mesmo em um cenário de juros altos, vemos um mercado pujante. Isso mostra que o cliente está confiante”, avalia. Celestino defende que a boa performance de vendas também sinaliza a preparação do setor para um novo ciclo de lançamentos. “A casa própria continua sendo o grande sonho da população e o mercado imobiliário do DF está preparado para atender a esse desejo. Temos oferta disponível e, na medida em que o cenário econômico se torne mais amigável, os lançamentos podem ser retomados”, afirma.
O vice-presidente da Indústria Imobiliária no Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF), João Carlos de Siqueira Lopes, destaca que o IVV comprova o desempenho notável do mercado imobiliário de Brasília. “Este indicador crucial de liquidez do mercado tem mostrado uma aceleração significativa, demonstrando a capacidade de absorção dos imóveis”, diz. “Esse cenário de vendas mais rápidas é particularmente relevante em um contexto de taxas de juros mais elevadas, onde poderia haver uma desaceleração do crédito e, consequentemente, das transações imobiliárias”, afirma.
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Lopes explica que a melhora do IVV ocorre em paralelo a uma redução observada na oferta de novas unidades residenciais. Após um período de expansão, segundo o representante do Sinduscon-DF, a disponibilidade de imóveis no mercado tem se ajustado, o que naturalmente contribui para que as unidades existentes sejam vendidas com maior agilidade. “Essa dinâmica reflete um mercado mais equilibrado, onde a demanda consegue absorver a oferta disponível de forma mais eficiente”, observa.

Termômetro do mercado – Iniciativa conjunta da ADEMI DF com o Sinduscon-DF, a pesquisa Índice de Velocidade de Vendas é realizada pelo Opinião Informação Estratégica, com apoio da regional no DF do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE DF):
– O Índice de Velocidade de Vendas é uma sondagem mensal junto às construtoras e incorporadoras mais representativas do Distrito Federal, funciona como um termômetro do mercado imobiliário e mede o ritmo de venda das empresas: quanto mais alto o índice, menor foi o tempo necessário para vender as unidades dos empreendimentos no mês.
– Um Índice de Velocidade de Vendas mensal de até 2% traduz um mercado saudável e com ritmo de vendas positivo: quando o indicador está acima deste patamar, demonstra expansão mais acelerada na transação de imóveis. É um sinal da tomada de decisão do consumidor.
– Criada há 10 anos, a pesquisa Índice de Velocidade de Vendas acompanha o desempenho de imóveis residenciais verticais (apartamentos) e novos.

De acordo com o IVV, em junho, as regiões com maior volume de vendas foram Águas Claras, com 136 unidades; Planaltina, com 68 unidades; e Sudoeste, com 59 unidades. A pesquisa aponta, ainda, que 91% dos imóveis comercializados no referido mês estão em obra.

O vice-presidente do Sinduscon-DF ressalta que o vigor do setor em Brasília, mesmo frente a desafios macroeconômicos, aponta para uma resiliência local. Ele explica que o mercado tem encontrado formas de manter sua saúde e liquidez. “Fatores diversos contribuem para essa estabilidade, incluindo o acesso a linhas de crédito para financiamento da produção de obras, essenciais para a sustentabilidade da construção civil, como as ofertadas por instituições locais como o BRB”, reforça. “O DF segue com um grande potencial de novos empreendimentos do segmento econômico, onde a oferta está muito baixa, fortalecido ainda mais pelo Minha Casa Minha Vida Faixa 4 para a classe média”, assevera, referindo-se à nova faixa em implementação pelo governo federal, que atenderá famílias com renda até R$ 12 mil mensais.
“Os resultados de junho representam uma boa performance de vendas. Nossa expectativa é de que, daqui a dez meses, tenhamos equacionado as ofertas hoje disponíveis e estejamos divulgando novos lançamentos”, explica o presidente da ADEMI DF. Na avaliação de Celestino Fracon Júnior, o setor deve se manter positivo ao longo do segundo semestre, considerando as sinalizações de reorientação da política econômica – no final de julho, em sua última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 15% ao mês, pausando o ciclo de altas consecutivas iniciado em setembro de 2024. “Recentemente, o BRB anunciou a redução da taxa de juros para financiamento imobiliário, que passou a ser de 10,50%. Esse movimento do mercado impulsiona o nosso setor e favorece o desenvolvimento do DF”, defende.
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