Cidades estruturadas em redes inteligentes proporcionam bem-estar ao cidadão
Agência CBIC
Muito se fala de cidades inteligentes, as smart cities. Mas o que de fato são essas cidades estruturadas e o que elas podem proporcionar aos cidadãos? Com essas e outras questões se iniciou o painel “cidades inteligentes e a revolução dos ambientes urbanos”, no 93º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), com José Eugênio Souza de Bueno Gizzi, Igor Calvet, Felipe Andrade Lucci e Miguel Coelho, nesta segunda-feira (18).
As cidades inteligentes ou smart cities são aquelas que fazem o uso otimizado dos recursos e tecnologias integradas, à serviço das pessoas, melhorando assim o dia a dia dos cidadãos. Neste aspecto, incluem projetos como de mobilidade urbana, iluminação pública, transformação digital nas escolas, entre outros exemplos.
Segundo Igor Calvet, presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o conceito de cidade inteligente vai desde a eficiência para as pessoas até o setor empresarial. “Para o cidadão, uma cidade inteligente é uma cidade funcional. Aquela que promove bem estar para ele. Quando o trânsito funciona melhor, quando a saúde funciona melhor. Para as empresas é uma cidade amiga das empresas, cujo ecossistema funciona para que as empresas possam trabalhar livremente para beneficiar o cidadão,” comenta Calvet.
Observando questões de cunho social, as cidades inteligentes trabalham aspectos de gestão pública e precisam estar nas estratégias governamentais. É o que afirma Felipe Andrade Lucci, diretor da Omatic Engenharia. “Primeiro precisamos definir o que de fato são cidades inteligentes. Você tem uma série de serviços públicos. A tecnologia precisa se comunicar e trazer inteligência na cidade para que o gestor público possa fazer as melhores escolhas, não só reativa, mas também proativa”, comentou.
Exemplos de cidades funcionais – O pacto firmado entre o prefeito de Petrolina Miguel Coelho, e o presidente da ABDI em agosto de 2020 compactuou para que a cidade se tornasse um laboratório vivo e atraísse empresas de inovação.
Durante a palestra, o prefeito falou de algumas mudanças na cidade e sobre a otimização e economia de recursos. “Uma cidade inteligente é uma cidade eficiente. E na administração pública nós precisamos desse olhar e viabilizar com o orçamento que a gente tem. Antes da pandemia nós acabamos com o papel na prefeitura. Agora, todos os nossos processos são digitais. Então, isso melhora o gerenciamento, a eficiência e também melhora e transparência para o cidadão,” afirmou o prefeito Miguel Coelho.
Fechando a palestra, José Eugênio Gizzi, vice-presidente regional da CBIC, lembrou da importância das cidades inteligentes para democratizar soluções, como na educação. “Essa questão da conectividade é o que me chama muita atenção quando se fala em educação. Nós percebemos que existe um abismo daqueles que menos podem com aqueles que mais podem durante essa pandemia. Então eu vejo com otimismo a possibilidade de fazer atalhos sobre isso”, concluiu.
A iniciativa tem interface com o projeto “Melhoria da competitividade e da Segurança Jurídica para Ampliação de Mercado na Infraestrutura” da Comissão de Infraestrutura (Coinfra) da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), com a correalização do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).
O 93º Enic é uma realização da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e conta com apoio do Serviço Social da Indústria (Sesi Nacional), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional) e de entidades do setor, com patrocínio do Sebrae, OrçaFascio, Konstroi, Agilean, Brain Inteligência Estratégica, Mútua, Predialize e Roca, Sienge + Softplan, Aval, Softwareone, TK Elevators e Frontera.