Caged: Construção civil tem o segundo melhor janeiro nos últimos 30 anos

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Agência CBIC

A Construção Civil gerou 43.498 novos postos de trabalho com carteira assinada em janeiro, conforme os dados do Novo Caged, divulgados nesta terça-feira (16/03) pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia. “Mesmo considerando todas as dificuldades impostas ao seu processo produtivo, como o aumento exagerado no preço dos insumos e o desabastecimento, a construção surpreendeu e registrou, em seu mercado de trabalho, o segundo melhor resultado para um mês de janeiro nos últimos 30 anos”, afirma a economista do Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos.

Esse foi o segundo melhor resultado para janeiro desde o início da série histórica do Caged, em 1992. O total de novas vagas geradas pela Construção no primeiro mês de 2021 só ficou inferior ao observado em 2010, quando 54.330 novos postos de trabalho foram criados. “Esse fato é muito relevante, especialmente considerando o cenário macroeconômico do País, que enfrenta severos desafios em função da crise gerada pela pandemia do novo Coronavírus”, salienta Vasconcelos.

Analisando a evolução mensal, o total de vagas geradas pela Construção em janeiro é o maior desde setembro/2020, quando o saldo líquido (admissões menos demissões) totalizou 45.572 novos empregos. Já nos últimos 12 meses (fevereiro/20-janeiro/21), a Construção Civil criou 117.467 novas vagas.

No primeiro mês do ano foram contabilizados 260.353 novos postos de trabalho com carteira assinada. Todos os grandes segmentos de atividade apresentaram resultados positivos em seu mercado de trabalho:

– Indústria – 90.431 novas vagas;

– Serviços – 83.686;

– Construção – 43.498;

= Agropecuária – 32.986;

– Comércio – 9.848.

No primeiro mês de 2021 todos os segmentos da Construção Civil apresentaram resultados positivos, com destaque para a construção de edifícios. Em janeiro as obras de infraestrutura foram responsáveis pela criação de 11.615 novos postos de trabalho, os Serviços Especializados para a Construção por 12.978 vagas e a Construção de Edifícios por 18.905 novos empregos.

Os números indicam o potencial do mercado de trabalho da Construção. Em janeiro/21 o número de trabalhadores formais no setor era de 2,317 milhões, o que correspondeu a uma alta de 5,34% em relação ao observado em igual mês do ano anterior. Cabe ressaltar o desempenho positivo na comercialização de imóveis.

Em 2020, conforme os Indicadores do Mercado Imobiliário, divulgados pela CBIC, as vendas de apartamentos novos apresentaram incremento de 9,8% em relação a 2019. Esse resultado pode ser justificado pelo incremento do financiamento imobiliário, pela taxa de juros em baixo patamar e pelo novo significado que a casa própria adquiriu em função da pandemia. Como o processo produtivo da Construção Civil é longo, os efeitos positivos dessas vendas no mercado de trabalho devem aparecer no transcorrer do ano.

A Construção Civil vem realizando esforços para continuar trabalhando, mesmo diante das dificuldades impostas pela pandemia. Por meio de protocolos e boas práticas, o setor tem executado suas atividades preservando a saúde dos seus trabalhadores. Neste contexto, cabe destacar a importância da Construção para o País.

Diante de um cenário de dificuldades crescentes, com o agravamento da crise sanitária, a vacinação ainda em processo lento, a preocupação com a questão fiscal e a deterioração das expectativas para a inflação, segmentos como a Construção ganham importância ainda maior, em função da sua capacidade de gerar emprego e distribuir renda por toda a economia.

“Entretanto, isso não significa ausência de desafios. A permanecer o cenário atual de forte elevação de custos de insumos, além de desabastecimento, as atividades da Construção podem ser reduzidas, comprometendo o crescimento previsto para 2021, o que certamente dificultaria ainda mais a retomada econômica nacional”, reforça a economista.

A ação integra o projeto ‘Banco de Dados da Construção –  BDC’, realizado pela CBIC em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI Nacional).

Veja a íntegra da análise no Informativo Econômico do Banco de Dados da CBIC.

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