Bim Fórum Brasil é lançado com apoio de nomes internacionais do setor

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Agência CBIC

Foi lançado na última quarta-feira (16), o BIM Fórum Brasil (BFB), entidade que reunirá todos os atores interessados no uso da tecnologia para discuti-la e ampliar sua disseminação. Nomes de peso e com renome internacional trouxeram suas experiências com o BIM e mensagens de apoio à criação do BFB.

Mohamad Kassem, da Northumbria Universety, falou que BFB é um marco importante na transformação digital do Brasil. “Essa não é apenas uma oportunidade de melhorar a produtividade, mas também uma responsabilidade ética com a próxima geração”. A colaboração para transformação digital de toda cadeia como um papel importante de reunir todos os interessados nessa transformação, foi ressaltado por Kassem. “Juntando todas as partes, contribuímos para a viabilidade da mudança. O BFB também tem que garantir que os setores privado e público se comuniquem, pois é dessa forma que tem funcionado com sucesso mundo afora”, disse.


Gerente internacional do Digital Built Britain (CDBB), Richard Lane, afirmou que o setor da construção precisa de uma abordagem maciça e unificada do BIM para garantir o desenvolvimento digital no país. “O Bim tem ferramentas importantes para mudar o cenário atual do Brasil. Ao adotar metodologias baseadas em modelos internacionais se economiza, além de alcançar um desenvolvimento local. Outro passo importante é dar uma única voz ao setor, unindo todas as partes envolvidas no mesmo objetivo”, frisou.


Amarnath Badrinath, fundador da Índia BIM Association (IBIMA), acredita que é necessário juntar todos os atores do processo, depois difundir o BIM melhor no currículo acadêmico. “Ter uma plataforma comum para as pessoas se conectarem e trocarem informação é fundamental. O principal desafio para instalar um Bim Fórum é atrair pessoas e fazer elas acreditarem no projeto, de forma que exista uma adesão. E precisamos formar um Bim globalizado para apoiar a padronização da educação e na forma de se trabalhar o assunto no mundo todo de forma homogênea”, destacou.


CEO do building Smart International, Richard Petrie, reforçou que é essencial que o BFB tenha uma estratégia de TI clara, baseada em padrões abertos que maximizem a tecnologia e a sustentabilidade das soluções. A capacidade de trabalhar com outros países é outro importante fator para o sucesso da ação. “Precisamos permitir modelos de padronização em todo mundo e temos que cuidar que isso seja feito. A maior vantagem que o BFB pode trazer é a transformação digital e quem não fizer parte dessa jornada ficará para trás como país ou organização, pois não será competitivo com o mercado”, alertou.


Para Jose Carlos Lino, diretor do NossoBIM, a evolução no país ainda pode ser maior, pois o Brasil tem uma potência tecnológica a ser utilizada, e por isso a adoção do BIM é um caminho fácil de ser trilhado. “O Brasil já tem do melhor que se faz no mundo ao nível da implantação do BIM, e isso deve servir de exemplo para alargar a maturidade da ferramenta. A educação, seja acadêmica ou treinamento também é fundamental”, ressaltou.


Representante do Bim Fórum da Argentina, Laura Lacaze vê com grande expectativa a criação do BFB e parabenizou as pessoas que estão trabalhando para isso se tornar realidade. “Com certeza a organização vai fazer com que o Brasil tenha sinergia entre as diversas ações em desenvolvimento, para aprimorar a transformação digital do setor da construção”.


Bilal Succar, do BIM Excellence Initiative, afirmou que para se chegar no destino final, de transformação digital, é preciso um motorista para o destino final, como é o caso do BFB. “A maturidade é muito importante para se alcançar o sucesso, por isso a necessidade de uma instituição representativa para dirigir o processo. O Bim fórum em diferentes países ajudam a indústria a se desenvolver, e no Brasil não será diferente”.


Trazendo a experiência de Israel, Rafael Sacks, da Technion de Israel, acredita que impacto desse tipo de organização, é essencial. “A chave é informar e comunicar a mesma linguagem BIM. Para lubrificar a engrenagem do desenvolvimento da construção, os itens quantitativos precisam ser uniformes e ter a mesma linguagem. Além disso, formas de treinamento em qualquer nível são muito úteis, assim como a formação acadêmica”, disse.


O BIM Fórum Brasil visa acompanhar a implementação da tecnologia pelo país e de acordo com o presidente da CBIC, José Carlos Martins, o projeto conta com o apoio da entidade. “Essa é uma importante ferramenta para o desenvolvimento da construção civil, que deve seguir evoluindo e a CBIC vai sempre fazer parte disso”, afirmou.


Os objetivos do novo órgão são coordenar ações de adoção, minimizar a sobreposição de atividades para disseminação do BIM e atuar sobre lacunas de difusão. Para Wilton Catelani, presidente do BFB, essa metodologia se tornará padrão no mercado em pouco tempo. “Em uma obra temos um universo gigantesco de informação, com envolvimento de muitas pessoas. Com o método BIM, essa gestão ficará bem mais simples e com uma margem de erro menor”, falou.


O presidente da Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade (Comat) da CBIC, Dionyzio Klavdianos, também prevê um salto no andamento do BIM no Brasil com o lançamento do BFB. “Essa é uma ideia que há anos vem sendo maturada e que finalmente acontece. Como o bom projeto que é, levou bom tempo na prancheta, mas agora deslanchará”, destacou.


Eduardo Toledo Santos, membro do BFB, apresentou a missão do projeto e convidou os interessados se associarem. “O BFB é um órgão para aumentar as adesões ao BIM e atuar sobre lacunas de difusão, pretendendo aprimorar o nível de maturidade BIM em todo país”.


Gustavo Carezzato falou sobre a criação de um Chapter brasileiro da BuildingSMART, organização internacional que pretende melhorar a troca de informações entre softwares da indústria de construção. “Não temos tempo de fazer mais do mesmo, por isso vamos unir forças para desenvolver um material de qualidade técnica para toda cadeia da construção civil. Temos em mente que o objetivo fundamental é reduzir os desperdícios de tempo e dinheiro, bem como os aumentar a sustentabilidade, a transparência e a possível automatização dos projetos. Por se propor antecipar os problemas construtivos das obras através do modelo digital, o BIM tem se consolidado como ferramenta capaz de atingir esses objetivos”, reforçou.


Na abertura do evento, vários parceiros que já se associaram ao fórum, como representantes do governo, de construtoras, instituições de capacitação de ensino e entidades que compõem a cadeia produtiva da indústria da construção civil, deram um depoimento de apoio à iniciativa.

Confira a íntegra do evento.

O apoio à constituição do BIM Fórum Brasil está contido no projeto “Inovação e Tecnologia”, uma iniciativa da CBIC e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).

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