Aço é opção para construção civil liderar transição sustentável diante de desafios climáticos
Em evento no Sinduscon-DF, engenheiro civil Zacarias Chamberlain destacou importância do metal
Comunicação Sinduscon-DF
A construção civil é fundamental para o desenvolvimento e bem-estar social, com entrega de infraestrutura e habitação para a população. Em meio a avanços tecnológicos, o setor busca modernizar práticas de forma rápida e eficiente. Durante evento no Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF), o engenheiro civil Zacarias Chamberlain destacou, nesta terça-feira (21/10), que o aumento dramático de eventos extremos impõe novos parâmetros de segurança estrutural. “A crise climática impõe a necessidade urgente de materiais estruturais mais resilientes”, afirmou. Segundo ele, a urgência motiva a busca por soluções inovadoras para garantir a segurança nacional.
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Chamberlain ministrou palestra sobre o assunto no Road Show CBCA – Construção em Aço: Sustentabilidade e Resiliência contra as Mudanças Climáticas, no auditório do Sinduscon-DF, correalizador do evento. No sindicato, o evento ficou sob a liderança do diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade da entidade, Luciano Dantas de Alencar.
O potencial do aço oferece um ciclo de vida altamente sustentável, garantindo longa vida útil para as construções. Este material se destaca por sua capacidade de ser totalmente reaproveitado sem qualquer perda de qualidade inerente, o que ajuda a garantir uma pegada de carbono notavelmente menor em comparação com alternativas disponíveis no mercado. “O aço pode ser reciclado infinitamente sem perder suas qualidades estruturais”, disse o palestrante. Essa particularidade consolida o metal como um importante agente da economia circular.
Na palestra, o engenheiro civil explicou que a resiliência estrutural evoluiu, incorporando hoje conceitos de sustentabilidade, durabilidade e flexibilidade. Estruturas modernas devem possuir capacidade superior de resistir a eventos severos, como tempestades e vendavais. Além disso, precisam demonstrar habilidade de rápida recuperação para manter o uso operacional. “A continuidade da resiliência é a capacidade de manutenção do uso após falhas locais”, disse. O aço, por ser resistente, é fundamental para que edifícios e pontes enfrentem os crescentes desafios climáticos.
Vantagens
A experiência brasileira comprova as vantagens do metal em áreas historicamente vulneráveis a alagamentos recorrentes. Exemplos como a notável Ponte do Guaíba, no Rio Grande do Sul, atestam a eficácia deste método construtivo em nosso território. A agilidade do setor de engenharia é ilustrada pela reconstrução da ponte Nova Roma do Sul em apenas sete meses após a inundação de 2023. “O caso brasileiro de pontes em aço demonstra grandes vantagens”, acentuou Chamberlain. Por isso, a capacidade de executar projetos vitais rapidamente é um serviço essencial à comunidade.
A velocidade de execução é um diferencial estratégico para regiões que exigem pronta resposta a emergências ou desastres naturais. A montagem do aço é eficiente, sendo frequentemente realizada em ambiente fabril (offsite), otimizando o processo. Essa técnica modular permitiu a construção do Speed Hospital em São Paulo durante o pico da crise sanitária da COVID-19. “A edificação modular tem um tempo de execução reduzido, diferente da convencional”, destacou o engenheiro civil. O uso de aço possibilitou que esta importante instalação médica ficasse pronta em dias, demonstrando responsabilidade social.
Mais benefícios
A construção moderna avança com a aplicação de ferramentas de alta tecnologia, como o BIM 6D, que inclui a dimensão da sustentabilidade em seu planejamento. A modularidade promove um reuso elevado de componentes, fortalecendo ativamente a economia circular. Para garantir a longevidade dos ativos, inovações como a nanotecnologia estão sendo aplicadas em revestimentos avançados anticorrosão. “O reuso de componentes na construção modular é elevado”, ressaltou. Estas inovações garantem ativos mais duráveis e menor consumo de insumos.
A siderurgia nacional se alinha com práticas globais ambiciosas, buscando continuamente diminuir o impacto ambiental de sua produção. O uso de sucata e a busca por Hidrogênio Verde são exemplos concretos da responsabilidade da cadeia produtiva. O avanço tecnológico promete reduzir significativamente as emissões de dióxido de carbono na fabricação do material. “O uso de sucata é um exemplo de menor impacto ambiental na produção”, afirmou Chamberlain. Esses esforços asseguram que o principal material da construção sustentável seja cada vez mais limpo.
Inteligência artificial
As práticas sustentáveis avançam por meio do uso de materiais que são ecologicamente corretos e altamente resistentes ao clima severo. O design baseado em desempenho foca no objetivo final, garantindo o nível de funcionalidade exigido pela sociedade. Ferramentas como a Inteligência Artificial (IA) também auxiliam no projeto e na manutenção preditiva das estruturas. “Construir bem é também construir com consciência”, asseverou. Essa abordagem moderna assegura que os projetos de engenharia atendam aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
O palestrante identificou vastas oportunidades para o emprego estratégico do aço, especialmente na infraestrutura crítica do país. Existe uma demanda significativa por pontes para rodovias e ferrovias, melhorando a logística nacional. Estruturas de aço são cruciais ainda para torres de parques eólicos, suportando a matriz energética sustentável. “Políticas públicas e incentivos são necessários para fomentar novas aplicações”, observou. O setor de habitação também representa um campo prioritário para o uso inovador do material.
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