Durante evento no sindicato, engenheiros e arquitetos destacaram importância da modelagem de informação da construção
Comunicação Sinduscon-DF
A transformação digital da construção civil brasileira atinge um ponto de inflexão decisivo, em que a metodologia BIM (Building Information Modeling) emerge como um requisito indispensável, não apenas como uma ferramenta evolutiva, mas sim como o motor fundamental para a industrialização do setor. Especialistas debateram que aderir a esta tecnologia não é opcional, mas uma medida urgente de sobrevivência para empresas, profissionais e o próprio ecossistema do setor produtivo nacional. Reunidos no 3º Fórum BIMTech Centro-Oeste, no Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF), nesta terça-feira (28/10), líderes do segmento alertaram sobre a necessidade imediata de uma mudança cultural e tecnológica para que o país avance em produtividade.
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O presidente do Sinduscon-DF, Adalberto Cleber Valadão Júnior, abriu o encontro saudando arquitetos, engenheiros, empresários e estudantes presentes na instituição. Ele enfatizou a vitalidade deste ecossistema, voltado ao progresso tecnológico e ao aumento da industrialização dos empreendimentos do país. O dirigente destacou que este caminho é essencial para o mercado, buscando maior desenvolvimento e uma melhoria nos métodos de trabalho. “Este é o caminho que a gente precisa trilhar”, disse.
“Ferramenta importantíssima”
Responsável por liderar o fórum, a vice-presidente do Sinduscon-DF e diretora de Materiais, Tecnologia e Produtividade da instituição, Cândida de Almeida Maciel, destacou a iminente e factual metamorfose pela qual a indústria da construção passa atualmente. Ela pontuou que a metodologia BIM exige que todo o ecossistema se comporte verdadeiramente como um complexo industrial. Isto obriga incorporadoras, construtoras e arquitetura a transformarem sua maneira de pensar e agir sobre os produtos e procedimentos. “O BIM é uma ferramenta importantíssima para essa mudança toda”, ressaltou.
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Na mesa de abertura do evento, o primeiro vice-presidente do Sinduscon-DF, João Accioly, enfatizou a importância de compreender a tecnologia BIM, tratando-a como um instrumento fundamental para o avanço setorial. Ele abordou a resistência observada entre alguns profissionais que receiam perder inventividade ao utilizarem novas aplicações digitais. Contudo, Accioly ressaltou que a criação é inata ao indivíduo e a ferramenta aprimora os aspectos laborais mais exaustivos. “A criatividade está dentro da pessoa e é lógico que tem lá os seus 95% de transpiração e 5% de inspiração, mas a ferramenta ajuda bastante nos 95% de transpiração”, disse.
“Inegociável”
A vice-presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Distrito Federal (CAU-DF), Larissa Cayres, reforçou a necessidade de estimular a adoção do BIM nos ambientes acadêmico e profissional. Ela mencionou que as recém-homologadas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) exigem competências em processos e em novos instrumentos digitais. A arquiteta defendeu ainda a multidisciplinaridade, incluindo especialistas da área de tecnologia da informação e computação para processamento dos dados. “O BIM é inegociável, realmente ele veio para a gente melhorar a nossa vida e melhorar os nossos processos, dar mais qualidade, mais certeza do que a gente está trabalhando”, ponderou.
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Coordenadora do Grupo de Trabalho BIM do Sinduscon-DF e representante da entidade junto ao BIM Fórum Brasil, a arquiteta Juliana Gehlen enfatizou o papel do sindicato em fomentar eventos, auxiliando o amadurecimento das empresas e a capacitação dos indivíduos. A executiva reconheceu que incorporar a metodologia exige tempo e esforço, principalmente da alta gestão das corporações. Ela comparou este desafio à complexa tarefa de realizar modificações estruturais durante a atividade plena.
Diferenciação
O diretor do Sinduscon-DF Romeu Neiva destacou a importância da aproximação entre as instituições regionais, respeitando as diversas peculiaridades locais. Ele pontuou que a transformação tecnológica deve ocorrer de forma distribuída, incremental e, acima de tudo, altamente colaborativa. O engenheiro advertiu que a mudança imposta pelo mercado não é só uma questão particular, mas de competitividade e sobrevivência no setor. “O momento que a gente está vivendo é realmente o de diferenciação, de destaque e, ao mesmo tempo, de pertencimento”, acentuou.
A diretora-executiva do BIM Fórum Brasil, Raquel Ribeiro, salientou que a adoção da metodologia constitui um movimento estruturante, focado na reformulação da indústria da construção. Ela explicou que o BIM vai muito além do projeto, sendo uma porta de acesso para avanços futuros, como inteligência artificial e sustentabilidade. A metodologia é um tema urgente, visto que o mundo inteiro já caminha para a digitalização obrigatória e gestão de ativos. “Não é uma questão de opção, realmente é de sobrevivência no mercado”, alertou.

O 3° Fórum BIMTech Centro-Oeste recebeu patrocínio ouro do Instituto Senai de Tecnologia para Construção Civil.
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