UnB, PISAC e Sinduscon-DF apresentam soluções com o uso do BIM

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Mia Andrade
Assessoria de Comunicação Social do Sinduscon-DF

A Universidade de Brasília (UnB), em parceria com o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF) e o Parque de Inovação e Sustentabilidade do Ambiente Construído (PISAC) realizaram o evento “Aplicações do BIM” nesta quarta-feira (26).

O evento teve como objetivo apresentar os trabalhos com BIM (Building Information Modelling) feitos pela universidade, bem como trazer as possíveis aplicações da metodologia no dia a dia da construção civil. A professora da Faculdade de Arquitetura da UnB e diretora do PISAC/PCTEC/UnB, Raquel Blumenschein iniciou a roda de seminários apresentando o parque de inovação.

“Nós atuamos como plataforma tecnológica de acordo com o marco de inovação, que tem a finalidade de facilitar a comunicação e fomentar a parceria entre detentores de interesse implementando projetos que atendam a demanda de pesquisa e desenvolvimento e capacitação com foco em inovação, sustentabilidade, resiliência, considerando o ciclo de vida do ambiente construído, planejamento, construção e operação”, explicou.

Segundo Raquel, o PISAC também atua com discussões e mecanismos de regulamentação e estruturação de políticas públicas para o setor, atuando em diversas frentes e com diversos órgãos, departamentos e instituições governamentais.

“Com relação aos detentores de interesse, falamos da indústria da construção como um todo, tanto com o setor público quanto com o setor privado, a gente trabalha com o financiamento e representantes de governos federais, estaduais e até municipais”, conta.

A professora explicou que a missão do projeto é se tornar um centro transformador do ambiente construído através do desenvolvimento, testes e disseminação de inovações tecnológicas para processos e produtos. Sendo assim, o PISAC atua em ensino, pesquisa, prototipagem, produtos e serviços. O parque também investe em empreendimentos que desenvolvem programas, projetos, programas, projetos, estudos e pesquisas de forma multidisciplinar.

Os empreendimentos desenvolvidos são:

  • UnB- BIM
  • NUESP
  • Praça de Protótipos
  • SETT
  • CeCis
  • LACIS

Em seguida, a professora de Engenharia Civil da Faculdade de Tecnologia da UnB, Michele Tereza, apresentou o seminário “Orçamentação em BIM”, apresentando as etapas necessárias para sua aplicação.

“O conceito que nós trabalhamos não entende o BIM na etapa de construção, nós trazemos a etapa de 4D e 5D já para a etapa do projeto, onde preciso estudar a contribuição do orçamentista, do planejador e do desenvolvimento do projeto. E por que isso? Para que o orçamentista possa passar os dados necessários para que eu consiga modelar e extrair a informação necessária para o orçamento”, explicou.

Michele também falou de outras etapas dos “Ds”, citando o 8D como saúde e segurança, que já é usado em diversas pesquisas; o 9D que é a construção enxuta ou Lean Information Management (LIM) e o 10D que é a construção industrializada. A professora também falou da importância de se conhecer a modelagem paramétrica antes mesmo de se utilizar o BIM.

“A academia também pode ajudar o mercado e nós não temos interesse de que isso fique apenas na academia. Nós temos uma atuação muito grande na atuação e no empreendedorismo e queremos que essas pesquisas se tornem produtos e avancem para o mercado e que isso não fique apenas atrás dos muros das universidades”, disse.

Projeto BIM Colaborativo do Sinduscon-DF

Com a palavra, a arquiteta Juliana Gehlen apresentou detalhes do projeto BIM Colaborativo, desenvolvido pelo Sinduscon-DF. O foco do projeto é reunir empresas do setor da construção civil interessadas em atuar ou que já atuam com a tecnologia BIM, propagando o conteúdo. O intuito é fazer com que a tecnologia BIM seja desenvolvida no Distrito Federal.

“Nós também estamos no BIM Fórum Brasil e isso tem muita importância porque o que nosso representante traz pode ser debatido dentro das reuniões do BIM Colaborativo e o que nós criamos também pode ser debatido no fórum”, detalhou Juliana. As reuniões do projeto são quinzenais, de forma online e a participação é voluntária.

Entre os projetos criados pelo grupo, há o “Projeto Piloto Bim Colaborativo” de 2018, que teve como objetivo a propagação e formação em BIM, atuando com um projeto de um edifício escolar pré-concebido. O projeto teve duração de 18 meses e 15 empresas participaram.

Juliana também apresentou o “Grupo Bim Colaborativo – Sinduscon-DF” que teve por objetivo consolidar o desenvolvimento em BIM e aconteceu de 2018 a 2022. O objetivo foi desenvolver o projeto Praça BRT, que teve uma duração de 30 meses.

Atualmente, o BIM Colaborativo está atuando em mais um projeto, desta vez, “Grupo BIM Colaborativo – Sinduscon-DF” que começou este ano e vai até 2023 e visa desenvolver o BIM através do Projeto Casa/Sobrado Unifamiliar. A duração é de 18 meses e, atualmente, 12 empresas estão participando.

Em seguida, a arquiteta Fabiana Curado e o engenheiro Rodrigo Han, participantes do BIM Colaborativo, apresentaram o seminário “Desafios e aprendizagens – BRT” onde contaram as dificuldades e aprendizagens desenvolvidas ao longo do projeto da Praça BRT.

Fabiana contou que a ideia do projeto da praça surgiu após o fim do primeiro projeto do BIM Colaborativo. “Nós pensamos que sim, aprendemos bastante mas cadê a aplicação de tudo isso? Então falamos com o presidente Dionyzio Klavdianos que nos deu o aval para continuar com os projetos e sugeriu o da Praça BRT, para nós tentarmos utilizar o que nós aprendemos”, relembrou.

Segundo a arquiteta, o projeto em si já era um desafio, por se tratar de uma área de aproximadamente 4.000m², com diferentes usos e sob uma legislação de diferentes órgãos. Além de ter uma escala urbanística e arquitetônica ainda maior. Com a pandemia, o andamento do projeto teve de ser reformulado. “O mundo todo teve de se adaptar para o online e nós também”, relembrou Rodrigo.

Fabiana e Rodrigo informaram que o objetivo do uso do BIM na praça era poder compatibilizar os projetos, realizar a extração de quantitativo, planejar a execução e ainda, renderizar as imagens (uma etapa incluída ao longo do andamento do projeto).

A dificuldade inicial, segundo os participantes do projeto, foi lidar com a pouca experiência do projeto urbanístico, além da pouca experiência com o próprio desenvolvimento em BIM. Por se tratar de um projeto que não tinha necessariamente um cliente, a definição de parâmetros e limites também foi um obstáculo para manter a ação em andamento.

Em compensação, foi possível desenvolver novos aprendizados como a configuração e definição correta para captação por nuvens de pontos, conhecimento sobre interoperabilidade e modelo federado (Revit, Archicad, QR, Civil3D); experiência com plataformas online de gestão de arquivos e modelo federado bem como o sucesso do desenvolvimento do projeto BIM independente da capacidade do cliente definir objetivos do processo.

Para conhecer mais sobre o projeto BIM Colaborativo do Sinduscon-DF basta enviar um e-mail para gezeli@sinduscondf.org.br.

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