Assessoria de Comunicação Social do Sinduscon-DF
O Sinduscon-DF realizou mais uma Reunião de Diretoria nesta terça-feira (18), desta vez, com a participação do CEO da Opinião Informação Estratégica, Alexandre Garcia. O especialista explicou as metodologias usadas na área de pesquisas.
“Esse é um momento oportuno para falar sobre o assunto, pois as pesquisas eleitorais estão marcando os debates atualmente. O Brasil teve problemas com estudos e pesquisas com dados que estão fora da realidade e esse é o momento para avaliarmos essas questões”, ressaltou Alexandre Garcia no início da apresentação.
Segundo o especialista, esses erros na divulgação de dados podem surgir por falta de zelo durante a aplicação do método de pesquisa e falta de controle de qualidade, resultando em um processo incorreto e com erros nos dados divulgados.
“As pesquisas de amostragem costumam ter como uma premissa o erro. Esse erro é chamado de “erro não-amostral” e nós tentamos, através de controle de qualidade e gerenciamento, minimizá-los. Às vezes, ele vem da aplicação do questionário, da formulação das perguntas, da interpretação do pesquisador, dentro do setor, ou seja, uma série de erros que não podem ser mensurados na fórmula. Então, quando é apresentada uma margem de erro de 2% ela pode ser maior do que isso, só que não é calculada”, explicou.
Alexandre esclareceu que, no caso da pesquisa política, os erros são coletados em condições de laboratório, ou seja, é considerado que a população tem uma distribuição normal e que a amostra aleatória é simples o suficiente para que o erro seja estimado.
Como exemplo, Alexandre citou a forma de execução das pesquisas no território do Distrito Federal. “Região, sexo, idade e instrução são variáveis que devem ser consideradas dentro do plano amostral. Então, quando os pesquisadores vão para o campo, eles devem trazer de volta uma amostra que represente exatamente as proporcionalidades do universo que é conhecido, então todo o plano amostral é desenhado e representado”, detalhou.
O especialista também explicou que a parte mais importante do processo é garantir que todos os indivíduos da população sejam sorteados para uma amostra. “Essa condição só existe praticamente em laboratório, pois não é possível garantir isso na pesquisa por telefone ou na pesquisa de campo. Consigo garantir se for com base em dados de índices de uma determinada empresa, de um determinado segmento mais restrito e muito específico e aí sim, é possível garantir esse controle no plano amostral. Mas nas pesquisas por amostragem não tenho controle absoluto e, em teoria, não poderia calcular esse erro”, concluiu Alexandre.