Construção civil do DF é contra alteração dos limites da Floresta Nacional

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Agência CBIC

Entidades empresariais do setor da construção reagiram com preocupação à aprovação do Projeto de Lei 2.776/2020, que altera os limites da Floresta Nacional de Brasília. Em manifesto publicado na imprensa do Distrito Federal no dia 21/08, a Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF) e o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF) rejeitam a iniciativa, destacando impactos negativos da decisão, como a regularização de áreas ocupadas ilegalmente. O manifesto tem o apoio do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico do Distrito Federal (Codese-DF).

“Esse projeto afronta tudo o que nós, empresários da construção civil, acreditamos. Reduz a área preservada da Floresta Nacional e premia, com a possibilidade de regularização, crimes ambientais cometidos no passado e que resultaram em ocupação ilegal no DF”, afirma Eduardo Aroeira Almeida, presidente da Ademi-DF. “Nossas associadas são empresas que trabalham dentro da legalidade, atendendo a toda a burocracia e normas legais para empreender no DF. A aprovação desse projeto consagra a ilegalidade e sinaliza que vale a pena ser ilegal”, frisou.

O manifesto destaca os impactos do projeto e questiona sua aprovação. As entidades enfatizam a necessidade de políticas públicas que impeçam a ocupação ilegal e desordenada no Distrito Federal, com ações para coibir a atuação de grileiros e a invasão de terras públicas, como aconteceu com parte da Flona.

O projeto foi aprovado pelo Senado Federal e aguarda sanção presidencial. A proposta amplia o perímetro da área 1, desafeta as áreas 2 e 3 e ajusta o perímetro da área 4 da unidade de conservação da natureza na Flona. Além disso, exclui para fins de regularização fundiária a área 2, de 996,47 hectares (ha), e a área 3, de 3.071 há. O projeto também altera o limite da área 4, que passa a contar com cerca de 1.887 há, e estabelece novas áreas para fins de compensação à Flona de Brasília.

Leia a íntegra do manifesto.

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