Saúde e segurança devem ser garantidas no trabalho, diz diretor do Sinduscon-DF

1º Encontro de Segurança e Saúde no Trabalho do Distrito Federal e Entorno
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Comitê Permanente Regional do DF organizou encontro no auditório do sindicato, em Brasília

Comunicação Sinduscon-DF

“O mundo tem cobrado mais atitudes responsáveis das empresas com saúde e segurança no trabalho”, disse o vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Distrito Federal (Sinduscon-DF) e diretor de Políticas e Relações Trabalhistas da entidade, José Antônio Magalhães.  Ele participou da abertura do 1º Encontro de Segurança e Saúde no Trabalho do Distrito Federal e Entorno, na última quinta-feira (23/11), no auditório do Sinduscon-DF.

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De acordo com Magalhães, investir nos colaboradores não apenas fortalece a empresa, mas também a posiciona positivamente no mercado. “A saúde e a segurança no trabalho devem ser garantidas a todos os profissionais, independente da função, gênero e cor. Todo mundo deve ter direito a tratamento digno e adequado, mas respeitando a individualidade de cada um. Cada pessoa precisa ter um tipo de atendimento, educação profissional, alfabetização”, disse, ressaltando a atuação do Serviço Social da Indústria da Construção do DF (Seconci-DF).

O diretor de Políticas e Relações Trabalhistas do Sinduscon-DF afirmou que o setor tem se comprometido cada vez mais com o bem-estar dos profissionais de toda a cadeia produtiva. “A saúde e a segurança no trabalho refletem muito positivamente na performance e na produtividade dos funcionários. Uma empresa responsável, que investe nos seus funcionários, é muito mais bem vista pelo mercado e pela sociedade, em geral”, ressaltou.

O ENCONTRO

Organizado pelo Comitê Permanente Regional do Distrito Federal (CPR-DF), o encontro reuniu representantes do governo, empregadores e trabalhadores para debater propostas e ações com o objetivo de melhorar as condições nos locais de trabalho, em especial nos canteiros de obras. A palestra “Gestão de Riscos Psicossociais Relacionados ao Trabalho” foi um dos destaques do encontro.

A auditora fiscal do trabalho da Superintendências Regionais do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE-SP), Luciana Veloso Baruki, explicou que a solidariedade e a compreensão no ambiente de trabalho são cruciais para que os riscos psicossociais possam ser contidos.

“Vivemos em uma era de alta tecnologia e conhecimento, mas, paradoxalmente, estamos mais isolados. A ideia de que cada um deve ser perfeito em tudo, lidar com todos os desafios sozinho, não é realista. A solidariedade é a principal ferramenta para lidar com qualquer tipo de risco psicossocial presente ou relacionado ao trabalho”, afirmou.

Luciana destacou a importância de colaboradores e empresas procurarem um ambiente de trabalho equilibrado e saudável. Segunda ela, é comum que as pessoas experimentem uma sensação de falta de realização no trabalho, o que, conforme acrescentou, pode levar ao esgotamento.

“A falta de realização ou propósito no trabalho é uma questão delicada, associada às metas, e, frequentemente, leva as pessoas ao esgotamento por não receberem o reconhecimento merecido. Quando os problemas persistem sem solução, uma cultura de negatividade se instaura, criando um ciclo vicioso que solidifica o ambiente de trabalho”, afirmou.

SENSIBILIZAÇÃO

Desde o ano passado, a assistente social Seconci-DF, Roseane dos Santos, identificou a crescente demanda de ações voltadas para a saúde mental dos trabalhadores da construção civil. Ela contou que a crescente empregabilidade no setor do DF e os diversos riscos enfrentados pelos profissionais motivaram a entidade a criar o projeto “Seconci Presente”. A ação visa oferecer atendimento nas áreas de saúde, serviço social e psicologia aos trabalhadores das empresas do setor no Distrito Federal.

“Temos promovido palestras de sensibilização sobre temas como saúde mental, assédio moral e sexual, tabagismo, drogas, álcool, e realizamos encaminhamentos para serviços especializados, como o Centro de Atenção Psicossocial (CAPs)”, explicou.

Segundo Roseane, as ações tiveram resultado, com 90 empresas solicitando palestras sobre saúde mental e obtendo feedbacks positivos por parte dos participantes. “Temos exemplo de uma pessoa que, após receber nossos serviços, buscou tratamento para o alcoolismo com nosso apoio. Outro indivíduo compartilhou que, após participar das palestras, conseguiu dialogar com a mãe sobre a importância do cuidado com a saúde mental, especialmente após ela enfrentar um episódio de tentativa de suicídio”, relatou.

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