Agência CBIC
O Sinduscon-DF, em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), e com a Asbraco, promoveu, nesta quarta-feira (29/6), o Seminário Técnico de Revisão do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI): Metodologia e Aplicação de forma híbrida. O evento contou com apresentações de especialistas da Caixa Econômica Federal e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com foco na união de esforços para aprimoramento do SINAPI e nas novas condições da economia, foram apresentadas a escalada de preços, agilidade na captação de preços, atualização do cadastro de fornecedores, importância do Sistema, reajustes e demonstração de desequilíbrio nos contratos.
Durante a abertura do encontro, o presidente do Sinduscon-DF e presidente da Comissão de Materiais, Tecnologia, Qualidade e Produtividade (COMAT) da CBIC, Dionyzio Klavdianos, afirmou que pandemia mostrou uma série de inconformidades na formação de preços que impacta nas obras públicas. “Esperamos que esse encontro seja um marco no entendimento para daqui para frente saírem iniciativas que possam realmente tornar melhor a formatação, entrega e utilização dos preços das obras, no caso do SINAPI. Juntos, nós podemos melhorar esse processo. Precisamos para que as concorrências aconteçam com melhores preços, com condição para que melhores empresas executem boas obras. E só quem ganha com esse trabalho é a sociedade. É por isso que a gente está aqui”, disse.
O presidente da Comissão de Infraestrutura (COINFRA) da CBIC, Carlos Eduardo Lima Jorge, citou paradigmas que representam o ambiente atual. “A desorganização da cadeia produtiva, a pressão inflacionária dos custos, as altas taxas de juros e a maior velocidade da inovação tecnológica são alguns dos paradigmas que caracterizam esse nosso novo ambiente”, afirmou.
O diretor de Pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo Pereira, reiterou que o seminário tem uma grande importância para o Sinapi. “A gente tem uma rede de coleta muito forte, muito robusta e muito esperta, mas é através do apoio dos Sinduscons, da CBIC, da Caixa, da Asbraco, é que se constrói um sistema melhor”, mencionou.
O presidente da Asbraco, Afonso Assad, ressaltou a importância do diálogo. “O diálogo é fundamental para a gente melhorar essa relação e essa participação na atualização de preço, colaborar com o IBGE e com a Caixa para que o SINAPI seja justo e que a empresa possa trabalhar, ter lucro e fazer as obras de boa qualidade para o governo.”
O vice-presidente de Obras e Infraestrutura do Sinduscon-DF, Ruyter Kepler de Thuin, mencionou que o seminário veio ao encontro com o pleito de todos os players de Brasília, ligados ao envolvimento do Sistema SINAPI. “Nós sabemos que o SINAPI baliza praticamente todas as licitações públicas dentro do Distrito Federal. Eu diria que mais de 90% delas são balizadas através da referência SINAPI.”
Já o superintendente da Rede Executiva de Governo da Caixa, Sérgio Rodovalho, destacou que eventos como esse demonstram os avanços do Sistema e explicou que orçar não é simplesmente pegar a referência do Sistema e trazer para uma planilha. “Orçar é mais que isso. Para que o processo de contratação pública como um todo funcione melhor, há uma série de procedimentos que é importante que todos façam muito bem. Quem cuida do sistema de referência tem o seu papel e precisa cuidar muito bem desse papel. Mas também quem orça e participa de licitação.”
O gerente nacional da GEPAD da Caixa, Alexandre Cayres, afirmou que sua equipe está aberta para contribuições. “Nosso time tem sempre a preocupação de estar aberto para contribuições, sugestões e críticas, pois é assim que a ferramenta melhora.”
O consultor do SINAPI pela CBIC, Geraldo de Paula Eduardo, disse que a série da revisão do Sistema durou cinco e hoje todos os pontos foram revisados. “Mas o trabalho continua. Nesse momento surgiu a necessidade de aprofundar, foi quando chegamos trazendo o IBGE para fazer parte desse trabalho.”
No início das apresentações, durante palestra da Caixa, os gerentes Executivos do SINAPI, Mauro Fernando Martins de Castro, e Arnaldo Gustavo Andrade Lopes, explicaram as metodologias adotadas no Sistema. São elas: Universo de Referências; Referência de Custo em Composições; Custo Horário para Equipamentos; Insumos e Famílias Homogêneas; Encargos Sociais; Encargos Complementares; Material para Autodesenvolvimento e Divulgação de Preço e Custo das Referências.
Castro ainda esclareceu que a Caixa não realiza pesquisa de preços, pois essa é uma atribuição do IBGE. Além disso, destacou que a Caixa atua na definição das referências de custos, representada por composições e seus insumos. Clique aqui e baixe a apresentação completa.
Já na palestra do IBGE, o coordenador de Índices de Preços (COINP/IBGE), Gustavo Vitti Leite, e o gerente do Sinapi no IBGE, Augusto Sérgio Lago de Oliveira, explicaram as metodologias utilizadas pelo Instituto. Os produtos de divulgação abrangem o “Módulo Custos e Índice” e o “Módulo Orçamentação”. O primeiro é uma produção mensal de séries de custos e índices no setor da habitação estadual, regional e nacional. Os usuários são: setor privado, entidades de classe, profissionais liberais e empresas da construção civil. Já o segundo é uma produção mensal de série de preços e salários medianos do setor da habitação, saneamento e infraestrutura. Os usuários são: setor público, Caixa, Tribunal de Contas da União (TCU), Controladoria-Geral da União (CGU), Tribunais de Contas dos Estados (TCE), Ministérios, Polícia Federal e Autarquias.
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Quer saber mais sobre as ações da CBIC para apoiar a disseminar os resultados do processo de revisão/aferição das composições dos Sistemas Nacionais de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil? Visite o Hotsite do Sinapi https://cbic.org.br/sinapi
O Seminário Técnico Sinapi: Metodologia e Aplicação é uma ação do projeto “Melhoria da competitividade e da Segurança Jurídica para Ampliação de Mercado na Infraestrutura”, da CBIC com a correalização do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional).