Agência CBIC*
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresentou hoje, durante o “Quintas da CBIC”, o estudo para revisar a estrutura de cálculo do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) que é usado amplamente pelo setor da Construção Civil.
Iniciado no final de 2020, o trabalho da FGV objetiva modernizar o referido indicador de custos do setor, e deve ficar pronto até o final de 2021. A coordenadora de projetos da FGV, Ana Castelo, falou sobre a importância da atualização do índice. André Braz, superintendente adjunto para Inflação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) reforçou que para ter uma estatística mais atualizada e que compreenda toda a movimentação dos preços no setor, é essencial a participação das empresas. Para isso, ressaltou que todos os dados que são repassados estão sob sigilo junto a Fundação.
A expectativa é que o INCC continue abrangendo as sete capitais atuais: Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Entretanto, em função da modernização do sistema de coleta, a FGV acredita que num futuro breve poderá expandir para outras regiões.
Os custos com materiais, equipamentos, serviços e mão de obra fazem parte da composição do INCC. E o indicador tem registrado altas mais expressivas em função das elevações nos preços observados desde o início do segundo semestre de 2020.
Uma avaliação feita, no início deste mês, pela economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos, demonstrou que o INCC-Materiais e Equipamentos acumulou, em 12 meses encerrados em fevereiro/2021, alta foi de 25,05%, sendo que alguns insumos como vergalhão, tubos e conexões de ferro e aço e tubos e conexões de PVC registram incremento superiores a 50% em seus preços. “Nenhuma estatística projetava um incremento de preços tão expressivo”, falou Vasconcelos.
De acordo com a economista, somente em fevereiro, de acordo com o indicador de custos da FGV, vergalhões e arames de aço ao carbono aumentaram 21,34%, tubos e conexões de ferro e aço 11,56%, e tubos e conexões de PVC 7,39 %.
O presidente da Comissão de Infraestrutura, Carlos Eduardo Lima Jorge, falou sobre a importância do INCC para o reequilíbrio de contratos em infraestrutura e obras públicas, e ofereceu apoio à FGV durante o estudo de modernização do índice. “A CBIC se coloca à inteira disposição com suas entidades para obter os dados necessários.”
Ao final, o presidente da CBIC, José Carlos Martins, informou sobre o andamento da articulação da entidade em relação ao aumento de materiais e convidou os participantes para a próxima live do “Quintas da CBIC”: Covid-19: vacinas, paralisação, o que vem pela frente?
Clique aqui e assista ao “Quintas da CBIC”.
A ação integra o projeto “Banco de Dados da Construção – BDC”, realizado pela CBIC em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI Nacional).
*Com informações de: https://portalibre.fgv.br/estudos-e-pesquisas/indices-de-precos/incc