Conselho de Administração da CBIC avalia cenário político nacional do País

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Agência CBIC

Em uma rápida análise sobre a atual política conjuntural e o processo de combate à corrupção nesta quarta-feira (10/03), durante reunião online do Conselho de Administração da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o cientista-político Leonardo Barreto, da Vector, ressaltou que o governo federal precisa decidir se quer um governo liberal ou desenvolvimentista.

Para Barreto, o atual governo depende muito da confiança que o Congresso Nacional consegue transmitir à sociedade. Ao mesmo tempo, tem condições extraordinárias, dentro do Congresso, para avançar 20 anos em reformas importantes e se manter competitivo.

“A PEC Emergencial foi aprovada ontem com 344 votos. Acho que nenhum presidente vai ter um Congresso tão disposto a enfrentar questões estruturais como esse governo tem, mas ele precisa ter clarividência comunicar e sinalizar melhor e demonstrar unidade para conseguir aproveitar essa boa condição”, frisou Barreto.

Ações junto ao governo

Durante a reunião, o presidente da CBIC, José Carlos Martins, atualizou as ações da entidade junto ao governo federal. Martins deu ciência de que esteve nas últimas semanas com o ministro-chefe da Casa Civil, general Braga Netto, e com o secretário especial Carlos Alexandre Jorge Da Costa, da Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia.

Dentre os assuntos tratados, o resultado do estudo inédito da CBIC sobre o ‘Pós-obra: Geração de Emprego e Renda na Economia’. O material revela que o impacto da construção de imóveis no crescimento da economia, investimentos e geração de emprego não está restrito ao período de obras, mas se arrasta após a conclusão para outras cadeias de suprimentos.

Martins reforçou, na ocasião, que “se o aumento do custo dos materiais não for devidamente tratado corre-se o risco do setor, grande locomotiva, tornar o grande freio da economia”, o que resultou na instituição de uma ‘mesa da construção com o governo’, onde já foram tratadas questões referentes ao PVC e ao aço.

Instalação do Conselho de Ética da CBIC

Os membros do Conselho de Administração da CBIC aprovaram a indicação dos seguintes nomes como membros do Conselho de Ética da entidade:

– Ana Claudia Gomes, presidente da Comissão de Responsabilidade Social (CRS) da CBIC

– Teodomiro Diniz Camargos, da Construtora Diniz Camargos

– José Carlos Gama, presidente do Conselho Jurídico (Conjur) da CBIC

– Maria Elizabeth Cacho do Nascimento (Betinha), vice-presidente da CBIC na Região Nordeste

– José Eugenio Souza de Bueno Gizzi, vice-presidente da CBIC na Região Sul

Ana Claudia Gomes informou que o grupo receberá estudo disponível sobre a questão e que os próximos passos do Conselho serão oportunamente apresentados ao Conselho de Administração. “A agenda de ética já é uma pauta da CBIC desde 2015, que tem uma jornada consistente, e o Conselho de Ética fará parte de um processo natural para dar ainda mais legitimidade à entidade”, diz.

Ainda sobre o tema ética, Ana Claudia mencionou o apoio da CBIC ao Movimento pela Integridade do Setor de Engenharia e Construção (Misec) da Rede Brasil do Pacto Global da ONU e do Instituto Ethos, que visa a consolidação de um ambiente ético, íntegro e de permanente combate à corrupção e defesa da livre concorrência para gerar novas oportunidades de negócios com isonomia, ativando toda a cadeia de valor do setor.

Banco de informações e cenário econômico nacional

A economista do Banco de Dados da CBIC, Ieda Vasconcelos, apresentou o projeto ‘Perspectivas e Interação com o mercado’, da Comissão de Obras Industriais e Corporativas (COIC) da CBIC, que prevê a criação de um Banco de Informações Gerais do Setor (BIGS) específico para o segmento de obras industriais.

“Um dos objetivos desse trabalho é demonstrar para a sociedade e para as três esferas de governo (estadual, municipal e federal) o impacto positivo dos projetos industriais na região em que são instalados”, destacou a economista, informando que será realizado um estudo sobre o perfil econômico do segmento de obras industriais.

Vasconcelos também fez uma apresentação sobre o cenário econômico nacional e a construção civil, com destaque para os seguintes assuntos: PIB, emprego, inflação, taxa de juros, financiamento imobiliário, mercado imobiliário, déficit habitacional e perspectivas para os próximos anos estão entre os assuntos abordados. Ressaltou também o aumento no preço dos insumos da construção.

“O cenário econômico nacional nos primeiros meses de 2021 está mais conturbado do que já era aguardado. O processo de vacinação em processo ainda lento e a segunda onda da pandemia, veio muito forte e que levou a um novo lockdown em várias localidades, pode ter como consequência um PIB negativo no primeiro trimestre. Entretanto, isso não significa que o ano está perdido. Espera-se que até o final do segundo trimestre o processo de vacinação esteja mais rápido e abrangente, e, com isso, as incertezas tendem a se reduzir. Assim, as estimativas mais positivas para a economia passam por um maior controle da pandemia”, frisou.

FI-FGTS e parceria Confea x CBIC

O presidente da CBIC ressaltou a relevância da indicação do presidente da Comissão de Infraestrutura (Coinfra) da CBIC, Carlos Eduardo Lima Jorge, para a vice-presidência do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS).

Na próxima terça-feira (16), durante live promovido pela entidade, a Caixa apresentará o novo Edital de Chamada Pública para seleção de projetos de Infraestrutura que poderão contar com financiamento do Fundo. Poderão ser selecionados projetos dos setores de Rodovias, Portos, Hidrovias, Ferrovias, Energia, Saneamento e Aeroportos.

Também foram apresentadas durante a reunião novidades da parceria entre o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) e a CBIC por José Maria Paula Soares, do Confea.

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