Agência CBIC
Alternativas mais econômicas e duradouras na pavimentação de obras rodoviárias foram debatidas, nesta terça-feira (7), por representantes da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), de sindicato e de associação de empresas do setor com a INGEVITY. O propósito é buscar soluções para problemas no setor de infraestrutura do país.
“Identificamos uma convergência de objetivos em relação ao modal rodoviário no Brasil, entre eles, buscar maior eficiência no gasto público voltado à melhoria e conservação dos pavimentos”, afirmou o presidente da Comissão de Infraestrutura da CBIC, Carlos Eduardo Lima Jorge.
A reunião contou com a participação de representantes do Banco Mundial, da Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias (ANEOR), do Sindicato da Indústria da Construção de Estradas, Pavimentações e Obras de Terraplanagem em geral no Estado do Rio Grande do Sul (Sicepot-RS), além da empresa INGEVITY.
Para Geraldo Lima, diretor executivo da ANEOR, o Brasil vive um boom em investimentos, com a previsão de R$15 bi em investimentos rodoviários, triplicando o orçamento do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). “O principal desafio é garantir o bom uso desse recurso e, consequentemente, menores gastos a longo e médio prazos.
Com atuação em mais de 50 anos no exterior e 10 anos no Brasil na área de pavimento, a INGEVITY reuniu uma série de boas práticas internacionais para propor um formato que seja adaptado à realidade brasileira. “O modelo maximiza o custo investindo em preservação e, a longo prazo, sobra mais dinheiro” enfatizou..
O diretor da INGEVITY no Brasil, Hernando Faria, reforça que a empresa almeja, com apresentação desse projeto à CBIC, buscar parcerias para que seja levado ao governo com uma convergência de melhor caminho a ser seguido. “O objetivo é otimizar o uso do orçamento público”, destaca.
De acordo com Faria, a malha rodoviária brasileira possui 1.720.909 km e gera um alto custo de manutenção, muitas vezes sem a garantia de qualidade e a durabilidade esperada. “Os impactos vão muito além de custos em investimento logístico. Afetam diretamente e indiretamente outros setores que englobam escoamento da produção e até questões de saúde pública, já que as vias em estados inadequados podem multiplicar o número de acidentes.”
Para o presidente do SICEPOT RS, Rafael Sacch, diante dos desafios enfrentados no país, garantir a aplicabilidade de um modelo de manutenção de menor custo é investir em um futuro muito próspero. “Pensar novos modelos a partir de experiências bem sucedidas, sem gerar mais custos, é fundamental para um país em desenvolvimento como o Brasil”, aponta.
Para o consultor do Banco Mundial, Paulo Francisco Oliveira da Fonseca, é importante que o setor empresarial traga a discussão técnica para fomentar um debate com densidade de argumentos junto a especialistas, players, entidades e universidades, para chegar até os formuladores com engajamento setorial. “O objetivo inicial é a construção de um modelo matemático para calcular a expectativa de ganhos, a redução de manutenção, emissão de substâncias danosas, e o impacto na saúde pública, para apresentar ao governo uma proposta concreta e bem embasada, de interesse comum a todos”, concluiu.