Agência CBIC
Ao celebrar nesta quinta-feira (08/04) o Dia Nacional da Luta pelo Direito à Moradia Digna, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) aponta que a crise sanitária deixou ainda mais visível a pobreza e a desigualdade do País e, portanto, a necessidade de um esforço conjunto de toda a sociedade para debater a Habitação de Interesse Social e reverter essa questão urgente para o Brasil
“A moradia digna passou a ter uma relevância maior em razão da pandemia, uma vez que incluiu todas as atividades relacionadas à família em um único espaço”, destaca a arquiteta e consultora técnica da CBIC, Maria Henriqueta Arantes Ferreira Alves
“A função da moradia ultrapassou o acolhimento, o lazer, a educação e se tornou o espaço de sustento de muitas famílias. Este novo desenho será decisivo na formação dos futuros cidadãos”, completa.
Neste sentido, a urbanista e especialista em política habitacional, financiamento e subsídios Claudia Magalhães Eloy, reforça – conforme o nono episódio de podcast da Rádio CBIC – que a habitação digna é de suma importância para o desenvolvimento infantil e, consequentemente, para o enfrentamento da pobreza intergeracional e para a baixa mobilidade social.
Para dar um exemplo do impacto, Eloy menciona pesquisa recente que mostra que alunos sem acesso a banheiro em casa tem nota média 24% menor em português e matemática, que os demais estudantes.
“A brutal desigualdade, materializada também na falta de acesso à habitação digna, condena o futuro do Brasil”, diz.
A CBIC, mais uma vez, também defende o uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para garantir direito social à moradia.
Apesar do seu papel fundamental na realização do sonho de tantas famílias brasileiras, o Fundo é constantemente ameaçado por saques sistemáticos que o tiram do seu propósito: garantir casa própria e emprego aos cidadãos.
SAIBA MAIS
Pandemia reforça importância da habitação de interesse social no País.