A Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) vendeu por meio de licitação o imóvel no Guará com 165 mil metros quadrados
Diretor de Comercialização da Terracap, Júlio César de Azevedo Reis disse que o espaço pode ser utilizado para diversos fins, a critério do novo dono. É possível, por exemplo, construir um grande atacadista, um hospital ou um conjunto residencial.
“Este imóvel foi criado a partir da desafetação de uma parte do Parque do Guará. Nós fizemos uma troca: 160 mil metros quadrados foram subtraídos do Parque do Guará e, em compensação, o Parque do Guará ganhou 600 mil metros quadrados. O saldo foi positivo para o parque e para a população de Brasília, que, em breve, vai poder contar com uma nova opção de moradia, de comércio ou de prestação de serviço em um grande vazio urbano da nossa cidade”, afirmou Reis.
Processo
Com o resultado da licitação divulgado nesta sexta, a próxima fase da compra será a de apresentação dos documentos necessários para dar continuidade ao negócio.
Vencedora do edital, a Emplavi terá dois dias úteis após a publicação da venda do terreno no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) para completar o valor de 30% de entrada. De caução, a construtora já pagou 5% do montante oferecido, ou seja, R$ 20.333.500. O que falta do montante será pago em 35 meses.
Também na licitação desta sexta-feira, a Terracap disponibilizou 103 terrenos. Ao todo, 48 lotes foram vendidos no leilão, o que deve gerar R$ 540 milhões aos cofres públicos.
Histórico
Em 2018, a negociação do terreno tinha se tornado alvo de questionamentos e acabou suspensa. Em setembro daquele ano, a área foi retirada do edital por falta de licenciamento ambiental do lote, que fica às margens da Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia). A área para construção no local chega a 328,1 mil metros quadrados.
Wet’n Wild
Em 1996, há mais de duas décadas, o consórcio do parque aquático Wet’n Wild venceu concorrência da Terracap para explorar o terreno que foi vendido nesta sexta. No entanto, as obras foram interrompidas nas primeiras escavações, quando os empreiteiros se depararam com dutos da rede de águas pluviais.
Após negativas do GDF para mover os canais da região, mesmo se tratando de uma concessão pública, os empresários pediram a rescisão do contrato, a devolução do valor investido e a indenização do lucro cessante (montante que seria recebido caso a parceria tivesse sido bem-sucedida). O caso foi alvo de discussão judicial no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas a empresa perdeu os recursos, liberando, assim, o terreno para negociação.