SLU-DF apresenta solução para tratamento de chorume

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Amir Souza Filho
Diretor do Sinduscon-DF

O Conselho de Saneamento Básico do Distrito Federal (Consab), em sua última reunião, fez uma visita ao Aterro Sanitário de Brasília, localizado em Samambaia, para que o Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal (SLU-DF) apresentasse a solução encontrada para tratamento do chorume gerado no aterro.

O chorume é um efluente originado da disposição do resíduo urbano no aterro sanitário e, sendo ele um material de carga orgânica muito alta, traz um grande potencial poluidor e de contaminação dos nossos corpos hídricos e do subsolo.

Além da alta carga orgânica, outra grande dificuldade no tratamento do chorume é a alta variação nas características químicas e biológicas do mesmo ao longo do ano e da vida útil do aterro.

Diante dessas condições, a ideia original de injetar o chorume coletado na ETE Melchior, que se encontra ao lado do aterro sanitário, poderia gerar problemas no sistema de tratamento de esgotos da ETE, gerando um outro problema.

Recentemente, o SLU-DF encontrou uma solução para o problema por meio da empresa Hydros, que já realiza trabalho similar em um aterro sanitário no Piauí.

A Hydros faz o tratamento direto do chorume, após esse escoar do aterro para lagoas de captação, por meio dos drenos e estruturas construídos especificamente para este fim. A ideia é que, quando saírem as outorgas e licenças ambientais, eles possam realizar a disposição do produto do chorume tratado diretamente no córrego Melchior, sem qualquer risco de contaminação, dada a garantia nos níveis de tratamento.

Atualmente, o resíduo está sendo tratado e utilizado para irrigar a grama no aterro sanitário, ajudando na contenção do maciço (o acumulado da disposição dos resíduos e a respectiva cobertura com solo que cresce alguns metros em relação ao nível do solo). A técnica é nova e ainda precisa de ajustes, mas segue de maneira promissora. O SLU-DF estabeleceu uma série de parâmetros para remuneração da empresa, de forma que ela receba apenas se o tratamento funcionar.

Tudo isso torna-se benéfico, pois trata o chorume gerado, evitando a contaminação de rios e lençóis freáticos, sem gerar problemas para o tratamento de esgoto da Caesb.

 

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