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Wal Sousa
Revista Encontro Brasília

O mercado imobiliário está passando por mudanças em todo o país. No Distrito Federal, no entanto, o cenário se mostra um pouco diferente dos demais estados. Especialistas explicam que o fato de o DF ter um dos maiores percentuais de funcionários públicos em sua população, cerca de 60%, faz com que o quadro econômico seja mais estável, inclusive no que se refere a imóveis.

Deixar de pagar aluguel é o objetivo de muitos cidadãos e, a despeito do difícil momento político e econômico do Brasil, de acordo com pesquisa sobre o Índice de Velocidade de Venda (IVV), conduzida pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF) e pela Associação de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi-DF), as vendas de imóveis residenciais do último quadrimestre de 2016 tiveram, em média, o crescimento de 4,9%, superando em 0,5 ponto percentual o mesmo período de 2015. O índice é visto de forma positiva pelas entidades do setor, já que está bem próximo do considerado balizador nos estudos de viabilidades de um empreendimento no mercado imobiliário (5%).

A última pesquisa, realizada em abril, mostra dados referentes ao preço do metro quadrado dos imóveis residenciais por regiões do DF. O Lago Sul é responsável pelo maior valor: 15.391 reais (preço de oferta dos imóveis); enquanto o mais baixo foi oferecido em Santa Maria: 2.915,78 reais o m². Os estudos do IVV têm o objetivo de comparar os negócios de imóveis novos residenciais e comerciais, e se a velocidade de venda está de acordo com as expectativas do segmento.
 


Apesar de ainda cauteloso, o vice-presidente do Sinduscon-DF, Adalberto Junior, está otimista

Para o vice-presidente do Sinduscon, Adalberto Junior, nos últimos quatro meses, houve melhora na confiança da população em relação ao mercado imobiliário, pois muita gente aguardava o momento ideal para investimentos, e, assim, os consumidores voltaram a adquirir bens duráveis. “Nas cidades administrativas, o IVV tende a ser maior, devido aos preços menores dos imóveis em relação ao Plano Piloto, especialmente os que se enquadram no programa do governo Minha Casa, Minha Vida”, diz. Para o segundo semestre de 2016, Adalberto Junior está otimista mas cauteloso. “O mercado tem condições de se modificar de forma lenta, mas sustentável, e estamos nesse caminho. Acredito que o primeiro semestre de 2017 será bem melhor, contudo, dependerá da forma com que o governo conduzirá a economia”, diz.

O segmento imobiliário está empenhado em melhorar ainda mais os números positivos do IVV, e, para isso, são oferecidos muitos benefícios. A Emplavi, por exemplo, presenteou clientes que adquiriram um dos seus lançamentos no Noroeste com a cozinha completa. Fator decisivo para que o empresário Avelar Regis Lopes Feitosa e sua mulher, Daniela Martins, comprassem a nova residência da família no condomínio Jardins dos Flamboyants. “Eu estava à procura de um imóvel, mas sem pressa. Moro em Águas Claras e pretendo me mudar daqui a dois anos. O que me motivou foi avaliar a relação custo/benefício”, diz Avelar. O apartamento comprado tem três suítes, e eles ganharam um kit cozinha completo de eletrodomésticos high tech. Segundo ele, as condições de pagamento favoreceram a aquisição do apartamento.

O diretor comercial da Emplavi, Wilson Oliveira, comenta que a maior parte dos empreendimentos da construtora está localizada no Noroeste. Ele considera a atual situação ideal para quem deseja comprar um imóvel, já que as condições de negociações estão melhores e com preços estabilizados. E a aposta é que sejam valorizados em um futuro próximo. “Em junho deste ano, tivemos um aumento de 30% na procura de imóveis, comparado a janeiro. Se continuarmos nesse caminho, a expectativa é de que o segundo semestre de 2016 tenha um crescimento superior a 30%”, explica. Wilson Oliveira diz ainda que, historicamente, a pirâmide social demonstra que os apartamentos de dois quartos são os que vendem com mais fluidez. “No entanto, a Emplavi, curiosamente, os imóveis de quatro suítes são campeões de vendas.”

A MRV Engenharia também vê as vendas aumentarem, especialmente em Taguatinga. A consultora imobiliária Michele Moreira estava em busca de um imóvel há um ano e meio, e pesquisou bastante antes de bater o martelo. “Pago aluguel e sempre quis ter meu próprio apartamento, economizei durante muito tempo para dar entrada e financiei o restante. As pessoas pensam que é difícil conseguir, mas fiquei animada com a facilidade de crédito de algumas instituições financeiras e com os preços mais baixos”, relata. Ela conta que a intenção era comprar apenas um imóvel no condomínio Top Life Taguatinga, mas recebeu um desconto de 10 mil reais, além do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) e o registro gratuitos, e por isso resolveu ficar com dois apartamentos de dois quartos, com área de lazer. Fechei o negócio em menos de 15 dias”, comemora.

A oportunidade de conseguir preços justos nos empreendimentos é agora, afirma o gestor de vendas da MRV Engenharia, Allan Duarte. “As construtoras estão fazendo o que podem. Atuamos nas regiões administrativas do DF com 98% dos empreendimentos do programa Minha Casa, Minha Vida. Nos últimos meses, oferecemos aos clientes descontos de 10% a 15% na aquisição de imóveis. No mesmo período de 2015, os valores estavam até 15% mais altos”, enfatiza.

Em Brasília, um bônus de cinco anos de condomínio oferecido pela Rossi Construtora e Incorporadora está valendo para compras que forem realizadas até 10 de agosto em empreendimentos como o Esplanada Business, na Asa Norte, e o Park Style, em Águas Claras. De acordo com o CEO da Rossi, Rodrigo Martins, o objetivo é ajudar o comprador no momento em que as parcelas são mais altas. Ele explica que na capital federal a demanda vem aumentando significativamente. “Os consumidores estão apostando que os imóveis adquiridos hoje terão valorização. A redução do estoque e a sensação de oportunidade trazem o interesse do investidor em levar seu capital para o imóvel”, diz.

Para o presidente da Associação Brasileira do Mercado Imobiliário (ABMI) e da Beiramar Imóveis, Pedro Fernandes, o mercado imobiliário do DF registrou expansão de 2007 a 2012. “O volume de unidades lançadas nesse período foi muito grande e, a partir de 2013, as novas construções começaram a diminuir. Desde então, o mercado vem passando por acomodação e absorção desse estoque de imóveis novos”, explica. Segundo ele, neste ano, estamos assistindo a um cenário favorável se construindo, já que a demanda por moradia continua alta e o estoque está cada dia menor. “Já observamos uma escassez de determinadas tipologias, o que sinaliza abertura para retomada de lançamentos e avanço da velocidade de vendas de forma geral nos próximos meses”, comenta.

De acordo com Pedro Fernandes, o consumidor tem sido atraído pela oportunidade de compra com preço mais acessível, em regiões onde o estoque está maior, e por promoções realizadas pontualmente. “O comprador que pode dar entrada com sinal mais alto ou fazer o pagamento à vista tem feito bons negócios. Os consumidores estão mais exigentes e têm buscado imóveis bem construídos, com melhor padrão de acabamento.”

Pedro Fernandes diz ainda que a ocasião é oportuna para o cliente, já que os preços estão estáveis: “Mas quem quiser aproveitar essas vantagens deve se apressar, pois a expectativa é de que os valores voltem a subir. É importante que o consumidor sempre pesquise as melhores taxas de subsídio nos bancos. Dessa forma, fechará negócios mais vantajosos”, finaliza.

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