Cbic: aplicação do PIB em infraestrutura precisa crescer e pode gerar 2 milhões de empregos

Cbic: aplicação do PIB em infraestrutura precisa crescer e pode gerar 2 milhões de empregos
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Assessoria de Comunicação da Cbic

Em palestra magna na última terça-feira (30/08) sobre “Engenharia – crise e oportunidades”, por ocasião da 73ª Semana de Engenharia e Agronomia (Soea), promovida pelo Sistema Confea/Crea e Mútua, o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), José Carlos Martins, destacou que o setor da construção é um dos principais impulsionadores do desenvolvimento brasileiro, respondendo por 2,6 milhões de empregos formais. Para alavancar o avanço do país, é necessário aumentar a aplicação do Produto Interno Bruto (PIB) em infraestrutura, avaliou. “O percentual destinado ao setor foi de 1,8% em 2015, mas seria preciso 3% para manter a estrutura já existente. E, para promover um crescimento sustentado mínimo, deveríamos atingir 5%. Assim, teríamos potencial para criar 2 milhões de vagas”, afirmou Martins.

Segundo Martins, demandas focadas em habitação, mobilidade urbana, saneamento e iluminação representam grandes mercados para que a construção civil possa se expandir. Na área habitacional, por exemplo, houve uma evolução de domicílios particulares permanentes no Brasil. Um dos fatores que motivou a mudança foi a diminuição de moradores por habitação: passou de 3,62 em 2001 para 3,08 em 2013. “Neste ano, o número de lançamentos foi metade das vendas. Isso significa que o estoque imobiliário está baixo e vamos dar a volta por cima”, analisou.

Para isso, devem ser criados novos modelos para o uso de concessões e de parcerias público-privadas PPPs, bem como estabelecidos outros mercados para ampliar a capilaridade. Outros pontos destacados por Martins são o aprimoramento da segurança jurídica, o controle de gatos públicos e a redução da burocracia, além da inovação tecnológica. “Gestão e tecnologia são os diferenciais das empresas a partir de agora. Capacitar o trabalhador é a chave para termos mais produtividade, qualidade e inovação”, defendeu.

O debate foi mediado pelo presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), engenheiro civil Joel Krüger, um dos anfitriões do evento que ocorre em Foz do Iguaçu (PR) até hoje (1º/09). Ao final, o presidente da Cbic agradeceu o convite e reforçou que a 73ª Soea é uma grande oportunidade de valorizar a Engenharia brasileira.

(Com informações do Crea-PR)

 
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