Tecnologia como base para diminuição dos acidentes de trabalho na indústria da construção

Tecnologia como base para diminuição dos acidentes de trabalho na indústria da construção
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Rogério Lisboa
Colaborador para o VII Cmatic 

A palestra de abertura do Congresso Nacional sobre Condições e Meio Ambiente do Trabalho na Indústria da Construção (VII Cmatic), ministrada pelo Engenheiro Civil e de Segurança no Trabalho, José Carlos de Arruda Sampaio, apresentou como a tecnologia pode auxiliar na prevenção de acidentes do trabalho na indústria da construção.

Sampaio destacou que por ano são em torno de 2 milhões de mortes por ano no mundo provenientes de acidentes no trabalho. Ele afirmou que acontecem por segundo pelo menos 153 acidentes com lesão em todo o planeta.

Através de fotos e explicações detalhadas, o engenheiro mostrou ao público inovações tecnológicas que podem salvar vidas e prevenir acidentes com lesões ou até fatais. Segundo ele "precisamos melhorar a capacitação do trabalhador e ainda melhorar os processos de produção para evitar que ocorram esses acidentes".

O ministrante apresentou ideias simples que vão desde a distribuição no canteiro de obras de sanitários portáteis - o que evitaria o deslocamento mais longo do operário na obra até um único lugar onde estariam os banheiros - até carrinhos elétricos no lugar do tradicional carrinho de mão, o que evitaria lesões por causa do peso deslocado pelo trabalhador.

Entrou na apresentação, ainda, projetos verificados na Europa ou países como os Estados Unidos e Gra-Bretanha, de transporte de peças pré-fabricadas de forma mais ergonômica, o que facilitaria para o trabalhador no deslocamento.

Um serra elétrica com dispositivo de proteção que trava o giro da serra em milissegundos quando em contato com a pele também foi apresentada. Isso evita a perda de um membro ou até mesmo cortes profundos na mão do operário. O equipamento custa em torno de U$ 4 mil nos Estados Unidos.

Escadas metálicas para a transposição de pavimentos também evitariam que o trabalhador ou outro profissional precisassem se equilibrar para deslocamento na obra, bem como escadas com plataformas acopladas para a realização de pequenos serviços.

Sampaio ainda destacou através de fotos a experiência de outros países sobre Riscos Químicos, como por exemplo, uma câmara de refúgio para escavações subterrâneas que poderia ser utilizado em emergências quando fosse detectada a presença de fumaça ou gases. Recurso principalmente para ser observado em obras com escavações.

Entre outras tecnologias mostradas, também aparecem os drones para inspeção de campo e sistemas de alarmes sonoros nos veículos para evitar o risco de colisão nas aproximações dentro dos canteiros de obras.

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