Sinais de crise

Sinais de crise
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Dionyzio A. M. Klavdianos
Vice-presidente Administrativo-financeiro do Sinduscon-DF 

Diretoria de Materiais, Tecnologia e Produtividade (Dimat) 

No Valor Econômico de hoje, foi publicada a notícia de que “o consumo de aço este ano deve ser o pior desde 2009”, alcançando 19,4 milhões de toneladas, uma queda acumulada de 32,1% desde 2013. 

Trata-se de indicador geral de consumo. A matéria não informa os números relativos ao aço longo, mas certamente o impacto na construção civil deve ser similar. 

Consumo de aço ou cimento, mão de obra ocupada, número de unidades lançadas. Conhece algum outro indicador de desempenho do setor? 

A turma envolvida no Projeto Indicadores do Concreto conhece e alguns estão apresentados nos gráficos abaixo. 

Explicando em um parágrafo apenas: o projeto coleta mensalmente uma série de dados nos canteiros de obras de Brasília e os utiliza na criação de indicadores da qualidade técnica do concreto e da logística da concretagem. 

Pois bem, a partir de uma análise de três gráficos, aqui apresentados, percebe-se que o indicador da média mensal de pontualidade de início da concretagem nunca foi tão alto como neste ano, beira a 90%. 

Provavelmente, a razão para que tão bom índice tenha a ver com a queda de consumo de concreto, correto? Parece que sim, ao menos é o que nos mostra o segundo gráfico, que registra o volume de concreto acompanhado. As médias mais baixas desde o início da coleta! Natural, já que a queda no número de canteiros de obra foi brutal. 

Por fim, com poucos canteiros e pouco concreto, mais tempo para cuidar bem do serviço. Como resultado, concretagens mais rápidas, conforme mostrado no gráfico da velocidade (desconsiderar a unidade de grandeza). Note que a reta é ascendente desde o segundo semestre de 2015. 

É isto… Medir crise através de desempenho. 

Já que se fala tanto em crise como oportunidade de inovação, está aí um bom projeto… Inovador.

 

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