Produtividade - II

Produtividade - II
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Dionyzio A. M. Klavdianos
Vice-presidente Administrativo-financeiro do Sinduscon-DF
Diretoria de Materiais, Tecnologia e Produtividade (Dimat)


As opções de fast food não agradavam e o voo estava próximo, de forma que a melhor solução foi unificar pedidos no Sr. Batata, opção da maioria.

A desordem saltava aos olhos e declinar da escolha era mesmo caso a se pensar, mas a viagem em plena hora do almoço me fez assumir o risco. 

A caixa deixara o posto para socorrer a única atendente.

Ao rapaz que optara pelo strogonoff, uma concha cheia de arroz, depois outra pela metade. Pausa para análise de eventual exagero e algumas penteadas para retirar o excesso do cereal que transbordava pelas bordas do prato… Resultado final: uma concha cheia de arroz.

Passado o sufoco, a caixa retorna à posição de ofício para cuidar do nosso pedido. Assunta à atendente: “-Tem quatro queijos?”. Positivo, pedido deferido.

A atendente lê minha comanda, nota a panela de arroz vazia e desaparece carregando-a para a cozinha. Penso com meus botões que não havia solicitado strogonoff convencional, mas batata recheada de strogonoff e, portanto, o zelo com a reposição de arroz poderia ter sido adiado.

Retorna com a panela cheia e instala-a no local, mas, mal encaixada é obrigada a corrigir o ato. Gasta um tempo procurando algo embaixo do balcão, “…o que será agora?”. Desaparece cozinha adentro, novamente, desta vez gasta mais tempo sumida. Volta com duas pilhas de pratos rasos e grandes, de novo me pego pensando se não confundia strogonoff com batata strogonoff, pois eu havia percebido que para o segundo caso, o nosso, os pratos eram menores. 

Os pratos são de plástico e demora a descolá-los um do outro, dificuldade, aliás, que todos temos nas festas de São João, graças à péssima qualidade do produto nacional. Vai encher o prato de arroz, quando a alertamos que o nosso era batata. Cai em si finalmente, retoma a comanda para certificar-se e solicita então as batatas. 

Desgruda os pratos pequenos com a mesma dificuldade que desgrudou os grandes, começa a preparar a de queijo e me mostra o saco com provolone. Relembro que a nossa é de quatro queijos. Procura a comanda, que a esta altura já estava na minha carteira, o jeito é confiar na minha palavra.

Enquanto esquenta a última no micro-ondas rogamos que já nos traga as bebidas. Embora tenha registrado, mate leão não há, aceito o ice tea.

Nos entrega as bandejas sem talhares e guardanapo, esquecera também de entregá-los aos que foram atendidos antes de mim. À medida que continuar repetindo o procedimento, corrigirá a falha. De resto, o proprietário deveria era ter vergonha de fornecer à clientela aqueles famigerados talheres de plástico de festa junina, que quebram na primeira investida contra a grossa parede da batata.

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