Asa à cobra

Asa à cobra
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Dionyzio A. M. Klavdianos
Vice-presidente Administrativo-financeiro do Sinduscon-DF
Diretoria de Materiais, Tecnologia e Produtividade (Dimat)


No site de notícias Fato Online, a notícia postada em 19 de novembro, dá conta da intenção de setores do governo de Brasília em ser mais tolerante com o trabalho dos camelôs.

Já é…

Uma das dificuldades em se detectar a informalidade na construção civil é que ela ocorre entre quatro paredes. Enquanto o camelô precisa expor sua banca ao público para vender, no nosso caso, deflagra-se o processo no momento da entrega das chaves.

O presidente da Cbic nos pede uma pauta propositiva para 2016, que estimule os filiados, atingidos em cheio pela crise que assola o setor. Deve ter se concentrado naqueles que arcam com a totalidade dos impostos. Perderemos neste único apenas 10% da riqueza que o setor levou quase 10 anos para amealhar.

Aqui em Brasília, acompanho há semanas a instalação de meio fio numa via de acesso à Avenida das Nações. Passo pelo local sistematicamente. É de assustar a demora com a execução artesanal de uma etapa da obra para a qual já existem máquinas que deixam tudo pronto em horas!  Gente com pinta de “gato”, ausência de administração, uma série de arremates por fazer… bem típico de baixo padrão tecnológico.

Na matemática cartesiana pura e simples ainda sai mais barato a mão de obra artesanal que investimento naquelas máquinas que já lançam meio fio e sarjeta prontos, mas é enganoso calcular desta maneira. Uma empresa que opera na legalidade, fazendo este tipo de conta dificilmente irá diferenciar-se das informais.

Obra pública hoje é assim: quem pode fazer não tem condições e quem tem condições não pode fazer…

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