Planeta Marte

Planeta Marte
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Dionyzio A. M. Klavdianos
Vice-presidente Administrativo-financeiro do Sinduscon-DF
Diretoria de Materiais, Tecnologia e Produtividade (Dimat)

 

No Estadão de 28 de setembro, a notícia de que há comprovação de que há água em Marte aumentou o interesse de visita ao planeta por parte dos cientistas.

Um dos projetos envolvendo construção de casas através de impressora 3D, coordenado pelo professor Khoshnevis, da Universidade do Sul da Califórnia e palestrante do 87º Enic, envolve a construção delas na lua. Especificamente, consiste na montagem de infraestrutura básica para pesquisadores e turistas que a visitem.

Engraçado? O custo do frete para entrega de material de construção naquele satélite é superior a U$200.000,00 por viagem. A pesquisa leva em conta que na construção das casas será utilizado apenas material do solo lunar. 

Se a polêmica envolvendo a possibilidade de existência de água em Marte remonta há mais de 150 anos, não custa acreditar que o movimento da Nasa, patrocinadora do projeto, faz sentido, e que, uma vez viabilizado, diminuirá em alguns milhares de quilômetros a distância a percorrer entre Marte e Terra. 

Há mais de 15 anos envolvido na construção de casas através de impressora em 3D, até hoje o professor nunca construiu uma inteiramente, apenas pedaços em laboratório, em virtude da rigorosa legislação americana no que diz respeito à aprovação de novos sistemas construtivos. Agora, com o apoio da universidade onde leciona e fundação de sua própria empresa, o professor espera, finalmente, viabilizar a ideia revolucionária. 

No Estadão de hoje, 6 de outubro, a notícia de que o Nobel de Medicina e Fisiologia foi dado a pesquisadores que buscam soluções definitivas para combate a doenças tropicais, no caso filariose e malária, que ainda matam milhões de pessoas no mundo. A comunidade acadêmica e científica saudou o fato de que o prêmio estimula ações de impacto efetivo e de curto prazo sobre a população, em vez de pesquisas básicas, de efeito a longo prazo.

As casas que o professor Khoshnevis pretende construir são, em sua opinião, medidas eficazes para redução do déficit habitacional que envolve as camadas mais miseráveis da população mundial. Funcionando à todo o vapor, a impressora “plota” uma residência por hora. 

Não é, nem de longe, o único método construtivo profilático para acabar com um problema que remonta a bem antes da época em que se pensou que havia água em Marte.

O estranho é que, passados tantos anos, temos nos aproximado, mesmo que lentamente, cada vez mais de Marte e nos afastado, em toada similar, da solução de moradia para os terráqueos.

 



 

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