Dionyzio A. M. Klavdianos
Vice-presidente do Sinduscon-DF
Diretoria de Materiais, Tecnologia e Produtividade (Dimat)
Na Folha de ontem, 24 de novembro, um caderno inteiro da série o “Brasil um dá certo “mostrando a importância do investimento em educação ,capacitação e treinamento. Claro que não poderia faltar as matérias sobre os grandes grupos que vêem neste movimento uma grande chance de expansão de negócios.
Pois foi mesmo sobre o questionamento da eficácia de treinamento que escrevi o seguinte post…
Entro no hotel cinco estrelas e um tanto envergonhado opto por me dirigir ao mensageiro em vez dos recepcionistas para buscar a informação desejada (aqui cabe os parênteses, estava chovendo e eu com roupa de caminhada entrando num hotel dos mais requintados da zona sul da cidade). O mensageiro, homem simples e prestativo, me informa educadamente que não tem condições de me responder se as tais pessoas estão hospedadas no hotel e me encaminha diligentemente a uma bonita recepcionista, que numa checada de soslaio e que durou segundos define a quantidade de milisegundos que dedicará do seu tempo para meu atendimento, ” - Não senhor, ninguém com estas características” e retorna ao seu trabalho, eu agradeço ao mensageiro e me retiro…
Saio e fico pensando na quantidade de cursos de gestão de pessoas o mensageiro simpático por ventura tenha participado, provável que de nenhum, ao contrário da bela e mal educada recepcionista, que além de uns tantos deve falar ao menos duas línguas estrangeiras, fora tantas outras habilidades.
Por incrível que pareça, a recepcionista bem formada e habilidosa acaba se prestando apenas (ou seria melhor, “prestando apenas”) para o papel restrito de sua função e se mostra incapaz de dar conta de uma exceção, no caso eu sujo chegando num lugar chique atrás de uma informação banal. Já o mensageiro, negro e provavelmente pouco alfabetizado, domina muito bem o papel de recepcionar, rico ou pobre, sujo ou limpo…
Moral da história… não é só treinamento que salva.
