Dionyzio Klavdianos
Presidente do Sinduscon-DF
Na saída de Brasília, às margens da BR 060, no alto de uma colina de onde se vê Brasília como se estivéssemos no cinema, prospera já há cerca de 20 anos um valorizado condomínio de origem ilegal*. Ao pé desta colina, chama a atenção a série de quatro redes de supermercados, perfilados na entrada do loteamento.
Até há bem pouco tempo eram placas de sinalização e casinhas, agora, mega outdoors e lojas de materiais de construção servem de marco para cada cidade ou povoado por onde passa a rodovia Presidente Juscelino Kubitschek.
O centro-oeste ocupado… missão passada pelo criador e cumprida pela capital.
Já a quase 500 km de Brasília, outro loteamento vinga no alto de outra colina de onde outra cidade se vê: a baiana Correntina**, porta de entrada de rica região produtora de fruta irrigada.
Na chegada a Maraú, a trilha de terra nunca antes conservada - tão bem -, mimo para a quantidade de turistas que a cada ano aumenta… na proporção direta do de casebres que vai embrenhando Mata Atlântica adentro.
*Construí uma casa neste lugar quando ainda era um ermo. O Joanis tzanidakis vivia com a família num cubículo em condições precárias e adquirira um lote lá, juntamos um grupo na comunidade e viabilizamos a mudança. Indo lá vistoriar a obra foi que descobri a tal vista de cinema que se tinha da cidade.
**Correntina é portal também de olarias centenárias. Vale observar a estética esquisita das casas construídas com bloco cerâmico e sem reboco. Não utilizo o termo aparente pois não é disto que se trata, os blocos são comuns, mas de tão bem feitos, queimados e assentados passam de fato a impressão de comporem uma alvenaria de acabamento aparente. Natural que uma região de tradição centenária conte também com artesãos e não só com pedreiros
