Asas de Brasília

Asas de Brasília
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Dionyzio Klavdianos 
Presidente do Sinduscon-DF

Ler Aldir Blanc contribui para que gostasse de crônicas. O Pasquim publicava livros de seus colaboradores, além de outros, Fausto Wolf, Carlos Eduardo Novaes, Chico Anisio… Chico Anisio não, Chico Anisio não conheci como escritor pelo Pasquim não.

Eram histórias curtas, divertidas, do cotidiano. Preferia elas ao capricho, rebusque, estilo do Rubens Braga, do Bandeira, do Drummond.

Uma característica comum tinham meus preferidos, eram mais conhecidos por outros talentos, artistas de um novo tempo que começava, mais midiático, de menos censura. Aldir Blanc mesmo formou com João Bosco uma das parcerias mais emblemáticas da MPB.

No artigo que escreveu na folha on line de 4 de maio, o escritor Luiz antonio Simas cita uma frase de Dorival Caymmi a respeito dele “Todo mundo é carioca, mas Aldir Blanc é carioca mesmo”.

Guardo até hoje os discos da dupla, assim como os de Moraes Moreira que no magistral Bazar Brasileiro, em meio a sucessos como Forró do ABC, Meninas do Brasil e Pessoal do Alô gravou a singela Asas de Brasília em homenagem à nossa cidade;

“ …nem todo o dia é de sol ☀️,

nem toda a noite é de lua 🌒,

nem toda a luz 💡 é farol 🚦

que no teu céu 🌌 azul flutua”


Já ouviu?! Quer homenagem mais bonita ao céu daqui?! Não fosse o disco provavelmente não a teria conhecido, pois nas rádios daqui nunca ouvi tocar.

Por ocasião dos 60 anos de Brasília o Sinduscon-DF organizou um concurso no Instagram entitulado “Qual sua obra 🚧 preferida na capital”. A UnB, o Conjunto Nacional e a ponte 🌉 JK se destacaram em meio a tanta obra prima no eixo genial dos mestres Oscar e Lúcio.

Prova que a cidade 🌃 não estacionou, muito porque é “nave atrás da trilha 🥾”, “ave de arribação”, como já cantava a pedra Moraes quando a cidade só tinha ainda 20 anos de idade.

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