Gestão de projetos em segurança e saúde no trabalho

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Especialistas na área são ouvidos no segundo painel do Encontro Nacional de Segurança e Saúde  na Construção do Brasil, que aconteceu em Brasília

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Assessoria de Comunicação da Cbic
 
 
O líder é fundamental para disseminar boas práticas de segurança e saúde do trabalhador em um canteiro de obras. De acordo com o engenheiro e consultor José Carlos Sampaio, as empresas de construção civil precisam observar melhor essa questão, pois um bom líder pode exercer grande influência entre os colaboradores e mantê-los motivados quanto às decisões estratégicas adotadas pela empresa. 
 
Sampaio, que é especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho e em Riscos e Acidentes de Origem Tecnológica, participou, nesta terça-feira (12/05), em Brasília, do Encontro Nacional de Segurança e Saúde na Construção do Brasil. O painel da tarde, “O que queremos da construção do Brasil?”, teve a participação de Sampaio e do médico Gustavo Nicolai. Eles compartilharam cases de sucesso e falaram sobre gestão eficiente de projetos e sistemas preventivos de segurança e saúde nas empresas da Construção Civil. 
 
De acordo com ele, além de investir em líderes, o setor da Construção Civil precisa de novos processos: eliminar atividades que não agregam valor, modernizar equipamentos, investir em métodos construtivos mais industrializados, sistêmicos e eficientes e adotar Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde nas empresas.   
 
Um sistema de gestão de segurança no trabalho deve ir além do cumprimento da NR-18. Somente assim, na avaliação de Sampaio, é possível criar uma metodologia de prevenção de acidentes aplicável a todas as atividades da empresa. Segundo ele, o tema deve permear, por exemplo, a criação de novas normas e livros didáticos, o planejamento estratégico das empresas, projetos, treinamento de funcionários, execução de obras e a área de tecnologia da informação.  
 
Entre as ideias defendidas pelo especialista estão criar novas normas de Segurança e Saúde no trabalho (SST), estabelecer um programa de boas práticas de execução de obras e inovação na indústria da construção, proibir o uso de materiais que contenham substâncias nocivas à saúde do trabalhador e do meio ambiente e incentivar a participação de colaboradores nos processos. “As pessoas precisam participar. Sem comprometimento não existe motivação”, ressaltou o consultor. 
 
Simulador de acidentes
 
O médico do trabalho Gustavo Nicolai também participou do segundo painel do evento e apresentou o Simulador Construindo Segurança e Saúde. O programa calcula, com base nos registros da empresa, qual o prejuízo real causado por problemas de segurança. Por meio do simulador, explicou Nicolai, é possível ter uma ideia do quanto é mais barato investir em equipamentos e práticas de prevenção.
 
O simulador mostra que, quanto mais incidentes ocorrerem na obra ou em qualquer ambiente de trabalho, maior será a base de cálculo do imposto. A frequência de acidentes, a gravidade e os custos definem o coeficiente do Fator Acidentário de Prevenção (FAP) — índice baseado no histórico da empresa que determina a variação tributária em situação de acidente. E o FAP pode onerar diretamente a folha de pagamento de uma empresa, pois afeta diretamente o valor do Seguro Acidentes de Trabalho (SAT).
 
Para Nicolai, investimento em segurança e saúde no trabalho agrega valor e hoje não pode mais ser visto como custo pelas empresas.   
 
O simulador, lançado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), pode ser encontrado clicando aqui.
 

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