Zoneamento Ecológico-Econômico continua em debate na Indústria

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Assessoria de Imprensa da Fibra

A Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) recebeu, na última quinta-feira (29/6), empresários da região da Fercal que, recebidos pelo presidente, Jamal Jorge Bittar, apresentaram sugestões à minuta do Projeto de Lei (PL) do Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) do DF. Os empresários reivindicam apoio da federação na articulação junto ao Governo de Brasília, visando sensibilizar os órgãos envolvidos no ZEE quanto à necessidade de regularização e continuidade das atividades produtivas desenvolvidas naquela região.

Sem representatividade sindical, o grupo – formado por indústrias de cimento, de usinas de asfalto, fábrica de pré-moldados de concreto, fábrica de fertilizantes, prestadores de serviços, como oficinas de caldeirarias e usinagem de metais, montagem industrial, empreiteiros de terraplenagem e transportadoras – pede que seja revista a situação como aquela região está inserida na proposta do zoneamento, pois consideram que ali deveria ser uma Área de Desenvolvimento Produtivo (ADP).

Segundo o diretor de Assuntos Ambientais e Sustentabilidade da Fibra, Marcontoni Montezuma, se os empresários não tivessem manifestado, teríamos muitos problemas no futuro, sobretudo com licenças ambientais. “É muito importante esse tipo de diálogo”, defende Montezuma.

A região da Fercal tem vocação industrial baseada nas jazidas de calcário, que propiciam a instalação de empresas que ofertam insumos à construção civil e corretivos agrícolas. De acordo com o empresário Paulo Horta, trata-se de um segmento fundamental para a economia do DF, uma vez que evita a importação de cimento e agregados de outros estados, o que iria aumentar ainda mais o custo de produção, além do peso que representa para a arrecadação local. “Por isso, solicitamos a criação de uma ADP, respeitando os empreendimentos já existentes e prevendo suas expansões no futuro”, ressalta Paulo Horta.

Ainda segundo Paulo Horta, a exclusão destas empresas da política do zoneamento ecológico-econômico da região trará uma série de prejuízos não previstos pelos legisladores. “A Fibra entendeu isso e tem dado apoio para levar a questão ao grupo que debate a implementação do ZEE no DF. Estamos esperançosos que esta questão seja revertida”, comenta o empresário.  Ele finaliza dizendo que no documento entregue ao presidente Jamal Bittar, “existem outras questões a serem consideradas, bem como sugestões para possíveis soluções.”.

Para Bittar, esse tipo de iniciativa fortalece o setor industrial local. De maneira prática, segundo ele, mostra a todos como a federação pode ajudar na defesa de interesses da indústria. “Nossa casa está aberta aos empresários. Queremos ouvi-los para termos mais efetividade na defesa do setor produtivo junto aos poderes públicos”, ressalta o presidente da Fibra.

Indústrias inorganizadas

O presidente da Fibra aproveitou o encontro para ressaltar o comprometimento da entidade com as indústrias inorganizadas, ou seja, que não possuem um sindicato que representa o setor. “Ainda neste ano, iremos organizar, dento da Fibra, um grupo que dará apoio às empresas inorganizadas, garantindo acesso aos serviços oferecidos pelo Sistema Fibra e a defesa de interesse”.

Projeto ZEE

O Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) deverá viabilizar o desenvolvimento sustentável do DF, indicando como os investimentos e os novos empreendimentos devem ser feitos com o menor impacto ambiental. É característica do ZEE considerar as vulnerabilidades, potencialidades e particularidades de cada área, apontando vocações e investimentos necessários à região e buscando reduzir ações predatórias.

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