Visão Capital: Fibra elogia propostas para cidade – Jornal de Brasília

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Francisco Dutra
Jornal de Brasília

A Federação da Indústria do DF (Fibra) espera que a redação da Lei de Uso e Ocupação do Solo (Luos) traga elementos para fomentar a descentralização de investimentos e empregos. “É uma sugestão nova trabalhar para reter empregos nas regiões administrativas, em vez de criar fluxos sempre direcionados para um ou dois locais da capital”, sugere o presidente da Fibra, Jamal Jorge Bittar. Além de desafogar o trânsito áreas como o Plano Piloto e o centro de Taguatinga, a mudança proporcionará melhora na qualidade de vida para a população.

“Precisamos criar um ambiente sustentável, mas que não seja impeditivo de crescimento. As pessoas vivem e a riqueza vem da empregabilidade. Nós precisamos deixar um pouco a poesia de lado e olhar as coisas com um pouco mais de pragmatismo”, diz Bittar. Segundo o presidente da Fibra, dentro das devidas proporções, a Luos deve também flexibilizar as permissões de usos no DF. “Excesso de rigidez, costuma quebrar o elemento. Você tem que flexibilizar, até porque a atividade produtiva não sobrevive em sistemas extremamente rígidos”, pondera.

A passagem pela análise da Câmara Legislativa deverá ser acalorada e intensa. “Espero que os distritais pensem em Brasília. Menos política, mais ação pensando em Brasília. É obvio que a Câmara tem suas responsabilidades e competências. Agora, ela pode minimizar as questões no âmbito da disputa política para enxergar Brasília como uma cidade que precisa imediatamente da Luos, porque ela precisa gerar empregos e riqueza a partir do setor produtivo muito mais do que qualquer outra unidade do país. Só assim vamos sair dessa crise”, sugere.

Acompanhamento rigoroso

Elo do GDF com o setor produtivo, o secretário de Economia e Desenvolvimento Sustentável, Antônio Valdir Oliveira Filho, promete acompanhar a tramitação da Luos até a votação no plenário. “Precisamos da flexibilização e do amparo legal, para que a Brasília formal veja a Brasília real”, declara.

Hoje, pela perceptiva do secretário, o DF real está crescendo na ilegalidade, empurrando o crescimento econômico para a marginalidade. E este terreno com textura de areia movediça afugenta os grandes investidores sérios do mercado nacional e internacional da cidade.

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