Sinduscon-DF participa do Encontro Nacional de Segurança e Saúde na Construção do Brasil

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Representantes debatem novos incentivos e gestão mais eficiente em sistemas de prevenção

 

Kamila Marques

Assessoria de Comunicação Social do Sinduscon-DF

 

O Encontro Nacional de Segurança e Saúde na Construção do Brasil – Um novo olhar sobre a nossa indústria, realizado no último dia 12, no Unique Palace, em Brasília-DF, apresentou as boas práticas, ações e projetos desenvolvidos pelo setor que contribuem para a promoção da segurança e bem-estar do trabalhador da Construção Civil. O primeiro painel teve como mediador o jornalista Alexandre Garcia. O evento foi organizado pela Comissão de Política e Relações Trabalhistas da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CPRT/Cbic).

 

O diretor de Política e Relações Trabalhistas (DPRT) do Sinduscon-DF, Izidio Santos, representou a entidade com o propósito de trazer novos incentivos na adoção de uma gestão mais eficiente em projetos e sistemas preventivos de segurança e saúde nas empresas.

 

Participaram do debate o presidente da Cbic, José Carlos Martins; o desembargador do TRT da 10ª Região, Mário Caron; o presidente da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, Benjamim Maranhão; o coordenador-geral de Normatização e Programas e auditor fiscal do trabalho, Rômulo Silva; o procurador-chefe do Trabalho da 10ª Região, Alessandro Santos; o representante dos trabalhadores do setor na Câmara dos Deputados, Antonio Ramanho; o diretor de Operações do Departamento Nacional do Sesi Nacional, Marcos Tadeu; e o líder do Projeto Segurança e Saúde no Trabalho da CPRT/Cbic, Haruo Ishikawa.

 

O presidente da Cbic, José Carlos Martins, iniciou os trabalhos trazendo um panorama das ações da entidade e explanou sobre as etapas de desenvolvimento que o setor vivenciou. “A Construção Civil passou por um processo de evolução, mas isso não foi possível sem os nossos trabalhadores. A prioridade do nosso setor é zelar pela segurança e saúde dos operários”, afirmou.

 

“O maior patrimônio que temos na Construção Civil são os nossos trabalhadores. Então, temos que cuidar deles com muita dignidade,” acrescentou Haruo Ishikawa, coordenador do projeto que motivou o encontro. 

 

Ishikawa falou, ainda, sobre a importância de dar continuidade à revisão da NR 18, que visa orientar tanto trabalhador quanto empresário. “Esta norma veio pra atender as exigências da visão do empresário, dentro da segurança e saúde do trabalhador”, disse. Segundo ele, a revisão da NR 18 deve ser finalizada até o fim de 2015. “Há 20 anos discutimos sobre a norma, porém, ainda há ajustes a serem feitos”, esclareceu. Muito intenso em seu discurso, finalizou, afirmando: “Eu não sou especialista em segurança, mas sou especialista em ser humano”.

 

Na sequência, o jornalista Alexandre Garcia abriu o painel político para os debates. A primeira pergunta foi direcionada ao desembargador do TRT da 10ª Região, Mário Caron. O jornalista fez o seguinte questionamento: o que a Justiça do Trabalho pode fazer para diminuir a intensa informalidade na Construção Civil? A mesma pergunta também foi direcionada aos demais participantes.

 

“A nossa sociedade está baseada no trabalho e na iniciativa, que são os dois princípios fundamentais. A iniciativa tem que ter um valor social. Em relação à informalidade, ela atinge não só a Construção Civil, mas a todos. Temos que ter uma antecipação no combate a essa concorrência desleal, com foco na prevenção”, alertou Mário Caron, em resposta ao jornalista.

 

Ele destacou, também, a relevância dos investimentos em educação. “Temos que trabalhar pela educação. Se não investirmos em educação, não teremos um resultado imediato. E, se você não mexe com educação, perde-se uma geração”, completou.

 

Para Alessandro Santos, procurador-chefe do Trabalho da 10ª Região, é importante que as entidades sindicais, patronais e laborais, assumam o seu papel na sociedade, na representação de seus associados. “Fortalecendo a atividade sindical é que as entidades terão mais filiados. E isso é muito importante, pois eles possuem uma doutrina exemplar na questão de treinamentos, fiscalização e orientação. É necessário formar parcerias para trabalhar nesse sentido. Os sindicatos devem demonstrar cada vez mais essa responsabilidade e promover eventos como este”, finalizou.

 

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