Maria Clara Andrade
Assessoria de Comunicação Social do Sinduscon-DF
Entidades, associados, estudantes e empresas que colaboraram com o projeto BIM Colaborativo 2019 participaram do evento de encerramento, nesta quarta-feira (27), no auditório do Sinduscon-DF. O projeto é uma parceria entre a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do DF (Sebrae-DF) e o Sinduscon-DF.
O projeto busca viabilizar a introdução da Modelagem da Informação da Construção (BIM) no cotidiano do setor imobiliário da região. A iniciativa começou em outubro do ano passado e contou com o apoio de consultoria especializada e dos principais desenvolvedores de software BIM do mercado.
O presidente do Sinduscon-DF, Dionyzio Klavdianos, abriu o evento dando destaque à importância da colaboração entre empresas e entidades para a melhoria e avanço do conhecimento da metodologia em Brasília.
Logo em seguida, as arquitetas Fabiana Curado e Juliana Gehlen, integrantes do grupo de trabalho do projeto, falaram sobre a evolução que o piloto do BIM Colaborativo teve mesmo após seu término. “Em nossa primeira reunião pós-encerramento, discutíamos o que poderíamos fazer para continuar ampliando nosso conhecimento, então o Dionyzio [presidente do Sinduscon-DF] falou que o sindicato estava com o projeto para uma praça e, quem sabe, o grupo não poderia desenvolvê-lo em sistema BIM”, contou Fabiana. Desde então, os participantes abraçaram a ideia e têm trabalhado no projeto para a Praça da Floricultura, desenvolvido por meio do Adote uma Praça, do GDF.
O engenheiro e consultor em BIM, Rogério Suzuki, falou sobre a evolução do BIM nas empresas participantes do projeto colaborativo. Segundo ele, durante o processo, foi possível acompanhar as apresentações de cada equipe e aprender com os erros uns dos outros. “Fizemos a seguinte pergunta aos participantes: ‘Após o término do projeto, a empresa promoveu ações práticas no sentido de implantar BIM?’ A grande maioria das respostas foi sim e isto é importante para nós. Fez as empresas saírem do 2D ou pelo menos caminharem em direção ao BIM”, avaliou Suzuki.
Já o consultor em BIM da CBIC, Wilton Catelani, explicou a necessidade de uma nova entidade, destacando o BIM Fórum Brasil, para a difusão dos conhecimentos em BIM. “Dois projetos foram propostos ao longo do período: um da criação do Chapter Brasileiro, dentro do BIM Fórum Brasil, sendo idealizado como uma nova e mais ampla entidade; e o Building Smart, que entraria como um dos projetos do fórum”, explicou. Para que estas mudanças sejam realidade, Catelani acredita que o foco deve estar no aprendizado e no colaborativo.
Para finalizar o evento, foi apresentado um projeto interativo realizado pelas construtoras Brasal Incorporações, MKZ Arquitetura e Martins Instalações. O diretor da MKZ Arquitetura, Rogério Markiewicz, falou da trajetória da construtora em mudar do sistema CAD para o BIM. “Não basta apenas comprar o software, é preciso investir no treinamento, na máquina, que é mais cara. Junto a Martins Instalações foi possível evoluir”. Para ele, a colaboração entre as três empresas facilitou a inclusão do software.
O diretor de Incorporação e Engenharia da Brasal, Bruno Goretti, destacou os resultados com a mudança para BIM. “Tivemos qualidade nos projetos, redução substancial nas interferências, maior precisão do orçamento e controle dos fluxos. Os projetos passaram a ser totalmente em 3D e com maior velocidade em revisão dos defeitos encontrados”, destacou.
Durante os debates, Renato Carvalho, chefe de gabinete da Secretaria de Obras do DF, parabenizou o sindicato pela iniciativa e aos palestrantes pela didática, colocando a secretaria à disposição. Ele contou da ideia de participar do projeto BIM Colaborativo. “Nos incluímos no grupo em busca de informações para eficiência na elaboração de projetos, de maneira mais rápida e com menos custos”, afirmou.
O assessor especial da presidêndia da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), Germano Teixeira, prestigiou o evento e contou da sua experiência com BIM. “Sou da área de tecnologia e há 5 anos já me perguntava o porquê de utilizar CAD ao invés de BIM. Agora etendo os motivos. Não é só o software, é um trabalho de treinamento, pesquisa, construção de várias partes, desde o instalador ao arquiteto e a engenharia como um todo. Entendo que essa tecnologia é complexa e, por isso, precisa de um apoio e a FAPDF está disponível para apoiar”, garantiu.
Para Dionyzio Klavdianos, o objetivo foi cumprido. “O projeto é muito importante e, com esse encerramento, pudemos conhecer a experiência das empresas, o enredo de como está o projeto do BIM Colaborativo, a palavra dos consultores, que como sempre é essencial. Com tudo isso, pudemos informar muita gente, com uma boa assistência, o que é fundamental para que possamos disseminar a inovação”, finalizou.
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