Seminário sobre a Norma de Desempenho reúne mais de 90 pessoas

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Assessoria de Comunicação Social do Sinduscon-DF

A Norma de Desempenho e a viabilidade econômica de sua obra. Este foi o tema do seminário realizado pelo Sinduscon-DF na tarde desta terça-feira (21). O evento reuniu mais de 90 pessoas no auditório da casa, trazendo assuntos relevantes acerca da norma, que tem sido exigida desde julho de 2013. Ela traz requisitos que servem de parâmetros para aferir a qualidade e desempenho da construção.

Para o diretor de Materiais, Tecnologia e Produtividade do Sinduscon-DF, Guilherme Coelho, com a nova versão do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat (PBQP-H), é importante trazer a Norma de Desempenho à tona. “Diante de tantas novidades e exigências, precisamos garantir o atendimento pleno das construtoras à NBR 15.575 e à qualidade das edificações habitacionais, de acordo com o PBQP-H”, defendeu.

A primeira palestra do dia foi ministrada pela coordenadora do PBQP-H do Ministério das Cidades, Maria Salette Weber. O tema foi “Entenda como inserir a Norma de Desempenho no Programa Minha Casa, Minha Vida”.

Com a palavra, Maria Salette explicou que o PBQP-H tem o objetivo de elevar os patamares da qualidade da construção civil, por meio da criação e implementação de mecanismos de modernização tecnológica e gerencial. Isso inclui conceitos e metas de sustentabilidade, que contribuem para ampliar o acesso à moradia digna para a população de menor renda. Esta é a definição do Plano Plurianual (PPA) 2016/2019.

A coordenadora do PBQP-H destacou que o programa funciona com três sistemas: SiAC, SiMAC e SiNAT. O primeiro consiste em avaliar se as empresas do setor de serviços e obras atuantes na construção civil estão em conformidade com os Sistemas de Gestão de Qualidade. O segundo permite que o segmento faça um controle para que o nível dos materiais seja mantido. Já o último é onde a questão da Norma de Desempenho foi inserida. “Antes, o SiNAT era ligado à avaliação de produtos inovadores. Com a norma, foi criado um novo braço: sistemas convencionais”, explicou Maria Salette.

Ainda com a palavra, Salette apontou que o PBQP-H já era exigido para programas de interesse social. Agora, por meio de legislações, inclui aspectos ligados a Norma de Desempenho nas obras do Minha Casa, Minha Vida.

A arquiteta do Instituto Metodista Izabela Hendrix, Patrícia Barbosa, apresentou o manual para contratação de projetos para o desempenho de edificações habitacionais. Segundo ela, o documento foi elaborado pelo Sinduscon-MG e pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG). O trabalho voluntário demorou quase dois anos para ser concluído. “Reunimos os principais profissionais da área e representantes das entidades, para que a gente tivesse, neste manual, todas as disciplinas que envolvessem a questão de projetos”, explicou.

Patrícia acrescentou que o grupo foi coordenado para mapear assuntos, de forma a incluir um escopo de contratação, de atividades e produtos que são necessários para atender à Norma de Desempenho. “Como é complexo este processo, se a gente tem mapeadas as fases, isto tende a facilitar, além de abrir maior possibilidade de que, na entrega e uso da obra, seja atingido o desempenho”, reforçou.

Durante a palestra, Patrícia também destacou a importância da necessidade da Engenharia simultânea, para que se cumpra tudo o que é disposto pela norma. A arquiteta apontou que o trabalho já tem sido colocado em prática e trouxe exemplos de empresas que atendem plenamente à Norma de Desempenho.

Em seguida, a diretora técnica da Abramat, Laura Marcellini, trouxe o tema: “Como escolher o melhor fornecedor de materiais e componentes?”. Ela listou alguns critérios de seleção relevantes: conformidade técnica e Norma de Desempenho; formalidade fiscal, sustentabilidade e responsabilidade social; assistência técnica; gestão de atendimento ao cliente e logística.

Segundo Laura, a NBR 15.575 trouxe à luz uma série de outras normas que já existiam e o setor não vinha cumprindo. “Comprar um item que não atende à norma de produto não irá atender ao desempenho”, alertou. Segundo ela, é importante que as empresas entendam sobre os temas, para poder conversar com os fornecedores em outro nível de entendimento.

Após debates e uma breve pausa para o Coffee Break, o seminário voltou com a palestra do professor do Departamento de Engenharia de Construção da USP, Orestes Gonçalves, sobre especificações do desempenho, baseadas na NBR 15.575 em empreendimentos de habitação de interesse social.

Gonçalves destacou que as especificações foram elaboradas ao longo de dois anos, junto ao Ministério das Cidades, resultando em quatro documentos. “O primeiro trata das questões relacionadas ao empreendimento, propriamente, mas, principalmente, do desempenho dos sistemas de vedação vertical, de piso e de cobertura”, ressaltou.

Outro documento traz orientações para os empreendedores que pretendem solicitar financiamento junto à Caixa Econômica e Banco do Brasil. Gonçalves acrescentou que também há um catálogo de soluções que atendem à Norma de Desempenho. Vedações verticais com alvenaria de bloco de concreto, cerâmico e de sistema drywall são alguns exemplos. Ficha de Avaliação de Desempenho (FAD) foi o último documento apresentado. “Como as soluções, que hoje são aplicadas, podem ser avaliadas?”, questionou. Segundo ele, esta é a essência das fichas: mostrar um mecanismo que faça com que as soluções possam crescer.

Ao final, o presidente da Comissão Nacional do SiAC do PBQP-H, Marcos Galindo, na mesma linha de Gonçalves, explicou mais detalhes acerca dos documentos. “Eles trazem, de maneira sintética, os principais requisitos e critérios da Norma de Desempenho, que devem ser seguidos pelas construtoras no momento de aprovação de projetos junto à Caixa Econômica e Banco do Brasil”, detalhou. Segundo ele, para ser aprovado um financiamento, é necessário que sejam seguidos os requisitos das especificações de desempenho do ministério e, consequentemente, da norma. Galindo destacou, ainda, que o documento chama a atenção aquilo que é mais crítico, complementando informações, bem como orientando construtores e projetistas.

O evento foi uma realização da Dimat/Sinduscon-DF, com o apoio da Comunidade da Construção, ABCP, Sebrae-DF, Abramat, Síntese Acústica Arquitetônica, Quali-A, Vermifloc Acústico e ProAcústica.

Clique aqui e confira as fotos do evento.

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De casa cheia, sindicato recebe coordenadora do PBQP-H, do Ministério das Cidades, Maria Salette Weber

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