Agência CBIC
Em debate público promovido pela indústria da construção do Distrito Federal nesta segunda-feira (24/06), em Brasília (DF), o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, esclareceu dúvidas dos trabalhadores do setor local sobre a proposta de reforma da Previdência Social, que tramita no Congresso Nacional.
Secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, esclareceu dúvidas dos trabalhadores da construção civil de Brasília sobre a proposta de reforma da Previdência Social (Foto: PH Freitas)
“Esse é um momento singular na nossa história. Ou a gente muda a previdência agora, ou vai ter muita dificuldade de ter um país de futuro para os nossos filhos”, destacou Rogério Marinho, convidando os trabalhadores a se debruçarem sobre o tema.
O objetivo do evento foi mostrar aos trabalhadores do setor de que forma a reforma da Previdência impacta na vida deles. “Tentamos desmistificar a reforma, mostrando a eles que quando o governo gasta demais com pessoas com privilégio não sobra dinheiro para fazer obras e o quanto as mudanças são importantes para o setor recuperar os empregos perdidos”, ressaltou o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, José Carlos Martins, reforçando que o País não vai conseguir voltar a crescer sem a reforma.
Na avaliação do executivo, só o setor da construção pode alavancar o investimento e ser o grande motor do crescimento do país. “Nosso setor tem condições de criar 1 milhão de empregos, mas a retomada do investimento só é possível se todos nos unirmos”, disse aos trabalhadores do setor, que foi responsável por empregar 3,4 milhões de pessoas em 2014 e, hoje, 2 milhões.
Atentos, trabalhadores da construção do DF escutam o secretário Rogério Marinho esclarecer dúvidas sobre a Reforma da Previdência (Foto: PH Freitas)
“A reforma da previdência vai possibilitar emprego, investimentos e mais riqueza para todo mundo”, mencionou o presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF), Eduardo Aroeira.
A expectativa do governo é de que o relatório da Previdência seja votado na Comissão Especial da Câmara dos Deputados na quinta-feira (27/06).
O relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB/SP) prevê economia de R$ 913 bilhões em 10 anos, abaixo do R$ 1,2 trilhão da proposta original do governo.
Na abertura do evento, o presidente do Conselho de desenvolvimento econômico, sustentável e estratégico do Distrito Federal (Codese-DF), Paulo Muniz, entregou ao governo manifesto em prol da reforma, assinado por entidades do setor produtivo do DF. Confira a seguir:
Setor da construção levará o debate para os Estados
A iniciativa do debate será replicada pelo país, em canteiros de obras do setor.
Além disso, por sugestão dos trabalhadores de Brasília, a CBIC vai elaborar uma cartilha sobre a reforma da previdência para esclarecer as dúvidas de um maior número de trabalhadores do setor.
Em Brasília, o evento foi organizado pela Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF), Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF), Associação Brasiliense de Construtores (Asbraco) e Serviço Social da Indústria da Construção (Seconci-DF), com apoio da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).
Trabalhador, da Via Engenharia, tira dúvidas sobre a reforma da Previdência Social
Realizado em estacionamento próximo a canteiros de obras no Setor Noroeste da capital, o debate público reuniu mais de 200 trabalhadores do setor da construção das empresas Emplavi, Via Engenharia, Brasal, Vilela e Carvalho, Ecap, HC, Soltec Engenharia, Habitar, Real e Supera, além dos representantes das entidades do setor local.
Também participaram do evento:
– Afonso Assad, presidente da Asbraco
– Elson Póvoa, vice-presidente Financeiro da CBIC
– Luiz Fernando Souto de Azambuja, 1º vice-presidente do Seconci-DF