Previdência perde R$ 6 bilhões por ano com informalidade, segundo estudo lançado pelo Fórum de Ação Social da Cbic

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Assessoria de Comunicação da Cbic

A Previdência Social deixa de arrecadar R$ 515 milhões por mês com a informalidade no setor de construção civil, de acordo com um estudo apresentado nesta sexta-feira (26) no 89º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic). O estudo é uma realização Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) e conta com a correalização do Sesi Nacional.

No ano, o prejuízo da Previdência Social ultrapassa R$ 6 bilhões. “A informalidade é um câncer na sociedade”, diz a presidente do Fórum de Ação Social e Cidadania (Fasc) da Cbic, Ana Cláudia Gomes. A perda para a Previdência pode ser ainda maior, porque os cálculos foram feitos apenas sobre a contribuição devida pelo trabalhador, sem considerar a participação da empresa, explicam os técnicos responsáveis pelo estudo Marina da Silva Borges Araújo e Rafael Augusto Tello Oliveira, ambos da NHK Sustentabilidade e professores da Fundação Dom Cabral.

De acordo com o estudo, feito sob encomenda da Cbic, o trabalho informal movimenta R$ 6,5 bilhões por mês em salários pagos na construção, enquanto o total pago em remuneração em contratos formais é de R$ 5,2 bilhões. Os técnicos ressaltam, no entanto, que parte do trabalho informal está nas pequenas obras, como reformas de casa, contratadas diretamente pelo proprietário do imóvel com os profissionais.

A presidente do Fasc destaca que a informalidade estabelece uma concorrência desleal no mercado, porque têm custos mais baixos. A Cbic, explica Ana Cláudia, representa as empresas que atuam na formalidade, porque, além da concorrência injusta, a informalidade deixa os trabalhadores totalmente desprotegidos.

O estudo mediu também a eficácia da ação social do setor através do Serviço Social da Indústria (Sesi) e do Serviço Social da Indústria da Construção Civil (Seconci). “Ainda existe um desafio na ação social, do Sesi se tornar mais conhecido”, afirma Tello. Apenas 41% das empresas já utilizaram o Sesi, embora os que conhecem o trabalho do órgão considerem os serviços excelentes. O trabalho do Seconci também foi avaliado como excelente pela maioria dos trabalhadores.

Os técnicos ressaltaram ainda que 33,8% das empresas não sabem o que é responsabilidade e as que dizem que sabem confundem o conceito. O setor de construção, segundo eles, ainda está num patamar abaixo de outros setores em iniciativas de responsabilidade social. “Mas em breve estaremos no mesmo nível de outros setores”, previu Ana Cláudia Gomes.

O estudo “Impacto da informalidade e do investimento em responsabilidade social na indústria da construção” será apresentado aos jovens integrantes do projeto de desenvolvimento de novas lideranças, promovido pelo Cbic. E também pode ser acessado no site do Cbic.

O 89° Encontro da Indústria da Construção (Enic) é uma promoção da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) e uma realização do Sinduscon-DF. As reuniões técnicas das Comissões, Fóruns e Banco de Dados da Cbic contam com a correalização do Senai Nacional e Sesi Nacional.


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