Presidente do Banco de Brasília (BRB) desde janeiro, Paulo Henrique Costa esteve nesta quinta-feira (22) na sede da Federação das Indústrias do Distrito Federal (Fibra) para reunião com diretores da Federação e presidentes de sindicatos filiados. Ele apresentou a proposta de gestão que tem para o banco, especialmente em relação ao setor produtivo, ouviu questionamentos e tirou dúvidas dos empresários.
O presidente da Fibra, Jamal Jorge Bittar, abriu o encontro lembrando a importante função de fomento do BRB. “Bancos públicos têm como principal finalidade o incentivo ao desenvolvimento e é necessário que o BRB implemente ações para atender ao setor produtivo, ampliando o foco de mercado para além dos servidores públicos.”
Costa garantiu que já vem tomando medidas para levar a instituição para mais perto da função original de banco de fomento. “Vamos devolver ao banco o protagonismo em relação ao setor produtivo, permitindo o desenvolvimento da cidade e reduzindo o impacto do desemprego”, afirmou o presidente do BRB, que trabalha há mais de 20 anos no mercado financeiro e, antes de assumir o cargo, era vice-presidente de Clientes, Negócios e Transformação Digital na Caixa Econômica Federal.
Outro ponto levantado por Jamal foram as especificidades da indústria, que não têm como ser abarcadas em um pacote único do setor produtivo. “O custo do maquinário industrial é muito alto, o que torna as necessidades de financiamento bastante distintas, quando comparamos com o comércio”, disse. O banco estuda condições especiais de financiamento para indústrias, em parceria com a Fibra.
O presidente do BRB também falou do trabalho para a desburocratização. Segundo ele, nos primeiros meses de 2019, a aprovação de uma grande operação de financiamento chegava a demorar mais de 120 dias. “O objetivo é que operações vinculadas ao governo, por exemplo, sejam praticamente automáticas”, explicou. O gestor afirmou que, com alterações de processos, as aprovações agora ocorrem na metade do tempo, em 60 dias.
Um dos pedidos apresentados no encontro foi atendido pelo presidente do BRB ainda durante a reunião: a ampliação do prazo da Conta Garantida. O presidente do Sindicato da Indústria de Artefatos, Cimento e Concreto do Distrito Federal (Sindarcon-DF), José Antônio Goulart, questionou o prazo dado às empresas para pagamento da linha de crédito utilizada para cobertura de necessidades de fluxo de caixa, atualmente de seis meses. “A área técnica do banco avaliou e me respondeu agora permitindo a ampliação do prazo para 12 meses para novas contratações”, anunciou Costa.