Agência CBIC
Uma plataforma digital para navegar o futuro. Este é o primeiro resultado do projeto Construção 2030, idealizado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção. A ferramenta reúne uma série de projeções para os próximos anos do setor, que as empresas podem utilizar para entender as transformações que virão — na área de tecnologia, sustentabilidade, comportamento e mais —, além de como se preparar para recebê-las. O sistema será lançado no Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), que ocorre de 15 a 17 de maio, no Rio de Janeiro.
Promovido pela CBIC, o evento será no Windsor Expo Convention Center, e reunirá empresários, acadêmicos, estudantes e integrantes de entidades representativas e do governo. As inscrições estão abertas.
O Construção 2030 foi criado em 2018, a partir de um estudo de futuro (ou foresight) para o setor de construção de habitações, como explica o consultor da CBIC e supervisor técnico do projeto, Fabio Queda. Foram analisados diversos sinais de mudanças que apontam para transformações no horizonte da próxima década.
A partir desse estudo, foram construídas duas curvas de transformações. A primeira mostra como os elementos dominantes de hoje devem dar lugar, no futuro, aos resultados dessas mudanças. A outra projeta os sinais de futuro se tornando os elementos dominantes de 2030.
“As duas curvas mostram grandes transformações que precisam ser acompanhadas, compreendidas e utilizadas pelas empresas de construção. Isso é fundamental para a competitividade e inovação futura do setor perante às transformação da indústria no mundo e no Brasil”, explica Queda.
A plataforma de navegação do futuro surgiu desse trabalho. Ela foi construída pela CBIC, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional), visando ajudar a indústria da construção a compreender e se preparar para ativamente participar do futuro.
A ferramenta será apresentada no Enic deste ano, além das próximas ações planejadas para o Construção 2030. “Vamos abordar os principais elementos do projeto e os cenários para o Brasil. Vamos também lançar a plataforma e mostrar como ela pode ser usada pelas empresas para compreender sinais de futuro”, diz Queda.
Para o professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), trazer o assunto para o Enic é importante para envolver todo o setor no debate. “O futuro não é algo dado, pronto, imutável. Está sendo construído neste instante, pelas pessoas e pelas organizações de hoje. Com esse debate queremos trazer a seguintes reflexões para o setor: Quem está construindo o nosso futuro? Onde os blocos fundamentais deste futuro estão sendo forjados? Qual a nossa participação nessa construção?”, conclui.