Yasmin Almeida
Assessoria de Comunicação Social do Sinduscon-DF
Sinduscon-DF tem posição pessimista diante do cenário econômico atual
A construção civil é o setor que movimenta a economia do país. Em meio à crise generalizada, não há dúvidas de que o segmento está em declínio e que isso afeta diretamente a geração de empregos e, consequentemente, de riqueza no Brasil. O setor sofreu um grande impacto no número de trabalhadores em 2015 e este ano os índices continuam a assustar. Somente no mês de fevereiro, mais de 17 mil postos de trabalho foram encerrados no país. No Distrito Federal, nesse mesmo período, foram registradas 2,5 mil demissões. Só em 2016, o número ultrapassou 5 mil pedidos de desligamento. É o que revelam os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
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O encarregado de pedreiro Antônio Gilson foi demitido há uma semana, mas já possui uma nova proposta de emprego. Ele trabalhou por mais de dois anos na empresa anterior e não imaginava que ia perder o emprego repentinamente. “Eu dei sorte, muitos ainda estão desempregados”, comentou. É o caso de Rose Lopes, que foi dispensada há exatos dois anos e desde então não conseguiu ser recolocada no mercado. Para ela, esta situação é insustentável: “A construção civil parou. Está cada vez mais difícil encontrar emprego nessa área”, lamentou.
Rose e Antônio são apenas alguns exemplos da situação atual do País. No DF, por exemplo, foram demitidas quase 90 pessoas por dia, em fevereiro. O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Brasília (STICMB), que sempre divulgou oportunidades de emprego, ressalta que já chegou a receber uma média de dez trabalhadores por semana, em busca de informações sobre as vagas ofertadas. Nos últimos cinco meses, devido à escassez de oportunidades, tal procura é cada vez mais rara.