Novas fontes de financiamento imobiliário foram discutidas em painel da CII

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Assessoria de Comunicação da Cbic

O segundo painel da Comissão da Indústria Imobiliária (CII/Cbic), no Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic 2017), foi coordenado pelo novo presidente da comissão Celso Petrucci. O evento, promovido pela Cbic em correalização com o Senai Nacional, trouxe as perspectivas para fundings e fontes de financiamento para o mercado de imóveis. Petrucci também informou sobre o lançamento do Índice Nacional do Mercado Imobiliário, cuja publicação estava disponível aos presentes e por meio de download na página do site da Cbic.

Felipe Pontual, diretor executivo da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), disse que a atividade imobiliária é um negócio de longo prazo e que há muitas variáveis para determinar o sucesso ou o fracasso de um empreendimento: financiamento, venda das unidades e evitar os distratos, um dos maiores problemas do setor. Ele frisou que a falta de crédito não é o maior problema do setor, mas sim o ambiente político e econômico instáveis.

O representante da Abecip disse que o crédito imobiliário em relação ao PIB vem crescendo ao longo dos últimos anos, mas ainda é muito baixo se comparado a outros países.  Apenas 9,7% em 2014, enquanto que no Reino Unidos chega a 83,7% do PIB. No Chile, atinge 20%.

Pontual acredita que a Poupança chegou ao seu limite assim como FGTS. Os fundos complementares, LCI e CRI, têm contribuído pouco. Ele defendeu as Letras Imobiliárias Garantidas (LIG) como instrumento de captação de recursos e modernização de funding, mas para isso precisamos de uma estabilidade macroeconômica. Segundo ele, o Brasil está muito focado em fontes de varejo e que é importante buscar recursos de atacado.

O superintendente nacional da Caixa, André  Marinho, garantiu que o banco público vai executar todo o crédito imobiliário destinado a renda baixa. “Os cenários nos dão a segurança de que as condições básicas continuarão. O nosso principal funding, a poupança, está melhorando”, garantiu o gestor.

Segundo a Caixa, o cenário de contratação de crédito deverá cumprir uma meta igual a 2016, ou cerca de R$ 80 bilhões. Volume de aplicação superior em 12% a 14% do que foi destinado em 2014.

Otimista, Marinho afirmou que há bastante espaço para crescimento do crédito imobiliário e a Caixa está cumprindo o papel de banco de habitação social. “A caixa está atuando para manter o crédito imobiliário e atender a possível demanda com a melhoria do cenário macroeconômico”.  Mas lembrou que há um grande vilão para combater, a inadimplência que consome grande parte do capital. Preocupada com isso, a Caixa fez uma forçca tarefa com ação de negociação e repactuação de varios contratos antes de ser tornarem inadimplentes.

Marinho anunciou que a Caixa está discutindo com alguns Estados, como São Paulo, o modelo de uma Parceria Pública Privada (PPP) para construção e modernização de conjuntos habitacionais.

Alexandre Assolini, representante da Comissão de Produtos Financeiros Imobiliário do Secovi-SP,  afirmou que a captação de recursos reage muito rápido à notícias negativas, mas o contrário também acontece. “Se voltarmos ao mínimo de estabilidade as captações vão retornar”. Garantiu o economista. E completou “um dos grandes objetivos é tentar que o país tenha estabilidade sem isso o investidor estrangeiro não coloca dinheiro no Brasil. É muito difícil atrair um investidor estrangeiro sem garantias, sem estabilidade”. A taxa de juros tem importância fundamental e é o principal elemento na determinação de acessibilidade ao crédito imobiliário.

O 89° Encontro da Indústria da Construção (Enic) é uma promoção da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) e uma realização do Sinduscon¬-DF. As reuniões técnicas das Comissões, Fóruns e Banco de Dados da Cbic contam com a correalização do Senai Nacional e Sesi Nacional.

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